quarta-feira, 9 de julho de 2025

ALCOLUMBRE, GARANTE AUMENTO DE DEPUTADOS MESMO QUE LULA NÃO SANCIONE

Por Metrópoles

Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

O presidente do Congresso Nacional e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), disse, nesta terça-feira (8/7), que se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não sancionar a lei que aumenta em 31 o número de deputados na Câmara, ele, como presidente do Congresso, vai promulgar a proposta. “Se chegar às 10h [para promulgação], vai ser promulgado às 10h01”, disse o presidente do Congresso na chegada ao Senado nesta terça-feira.

Na última segunda-feira (7/7), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse no programa Roda Viva, da TV Cultura, que é “pouco provável” que Lula sancione o texto. Aliados têm aconselhado o presidente da República a não sancionar o projeto para não trazer para si o desgaste de uma medida que cria custos para o Orçamento. A lei aprovada pelo Legislativo aumenta de 513 para 531 o número de parlamentares da Câmara. O tema foi aprovado com o placar mínimo para aprovação no Senado: 41 votos. O tema ainda divide parlamentares, mas deve ser promulgado por Alcolumbre.

LULA TEM 15 DIAS PARA SACIONAR

O Congresso terminou de votar a proposta em 26 de junho e agora Lula tem até 16 de julho para sancionar o aumento dos deputados. Lula tem a opção de vetar o texto completamente ou não sancionar, o que faria que a proposta voltasse ao Congresso para ser promulgada por Alcolumbre. “Decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio do presidente da República importará sanção”, diz um trecho do artigo 66 da Constituição Federal. Caso a lei não seja sancionada em 48 horas depois do prazo de 15 dias pelo presidente da República, cabe ao presidente do Congresso assinar o termo que coloca a lei em vigor.

STF PEDIU REVISÃO DE CADEIRAS COM 513 DEPUTADOS, MAS CONGRESSO DECIDIU AUMENTAR

A discussão sobre cadeiras na Câmara se deu após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Casa revise, até 30 de junho, o número de parlamentares de cada estado, com base no último Censo Demográfico, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022. Caso o Legislativo segue a determinação à risca, alguns estados perderiam deputados, já que houve queda da população. O Rio de Janeiro, por exemplo, perderia quatro cadeiras. Ao invés disso, deputados só aumentaram as cadeiras para estados onde houve crescimento populacional. Daí o aumento de 513 para 531 parlamentares.

GANHAM CADEIRAS AS SEGUINTES BANCADAS ESTADUIAS:

Pará – sobe de 17 para 21 deputados;

Santa Catarina – sobe de 16 para 20 deputados;

Amazonas – sobe de oito para 10 deputados;

Mato Grosso – sobe de oito para 10 deputados;

Rio Grande do Norte – sobe de oito para 10 deputados;

Ceará – sobe de 22 para 23 deputados;

Minas Gerais – sobe de 53 para 54 deputados;

Goiás – sobe de 17 para 18 deputados;

Paraná – sobe de 30 para 31 deputados. (Fonte da informação: Metrópoles).