Por Clóvis Gonçalves
Os
cartórios de todo o país lançaram nesta terça-feira (2) um documento eletrônico
que vai permitir a oficialização da vontade dos cidadãos que querem ser
doadores de órgãos. A iniciativa foi anunciada pelo Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) e o Colégio Notarial do Brasil, por meio da campanha Um Só
Coração: Seja Vida na Vida de Alguém. A
partir de agora, quem desejar se tornar doador de órgãos poderá preencher a
Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO) em qualquer um dos 8,3 mil
cartórios de notas do país. A emissão é gratuita. As autorizações ficarão
disponíveis em um sistema eletrônico e poderão ser acessadas pelos
profissionais de saúde para comprovar o desejo de quem faleceu.
O
cidadão poderá autorizar a doação dos seguintes órgãos: coração, pulmão, rins,
intestino, fígado, pâncreas, medula, pele e músculo esquelético. Quem se interessar pela autorização
eletrônica pode acessar o site da AEDO e preencher um formulário eletrônico,
que será enviado ao cartório selecionado no momento do acesso. A seguir, uma
data será agendada pelo cartório para a realização de uma videoconferência, na
qual o cidadão será identificado e deverá assinar o documento
eletronicamente. Após a tramitação do
pedido, o documento ficará armazenado no Sistema Nacional de Transplantes e
poderá ser acessado no momento do óbito do doador.
A
ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou do evento de lançamento da
campanha. Para a ministra, a iniciativa vai favorecer a doação de órgãos no
Brasil. Segundo Nísia, as doações de órgãos possibilitaram 9.2 mil transplantes
no país, em 2023. O número representa aumento de 13% em relação ao ano de
2022. “Tenho certeza de que nós vamos
contribuir muito para que o número de doadores aumente. Muitas vidas são salvas
com a nossa doação individual. Sou uma entusiasta da doação de órgãos, da
doação de sangue. O Brasil é uma referência nesse sentido”, concluiu. Edição:
Aline Leal/Agencia Brasil.