Por Clóvis Gonçalves
A
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou a manutenção da bandeira
tarifária verde para o mês de abril, medida que garante a não cobrança extra de
taxas na conta de energia elétrica para os consumidores conectados ao Sistema
Interligado Nacional (SIN). Segundo a agência, a manutenção da bandeira ocorre
devido às condições favoráveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas,
sobretudo devido ao período de chuvas, e a previsão é que o cenário se
mantenha. Desde abril de 2022 que vigora a bandeira verde. O cenário, segundo o
diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, confirma as previsões favoráveis de
geração de energia, marcando dois anos consecutivos do acionamento da bandeira
verde.
Lançado
em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia
gerada, especialmente em períodos em que as condições de produção não são
favoráveis, como em períodos de seca. As bandeiras de cores verde, amarela ou
vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função
das condições de geração. No caso da bandeira verde, as condições de geração
são favoráveis e não têm custo adicional. Na bandeira amarela, as condições são
menos favoráveis e é cobrada uma taxa extra de R$ 18,85 a cada MWh
(megawatt-hora) utilizado. Já na bandeira vermelha 1, é cobrada uma taxa de R$
44,63/MWh, e na 2, R$ 78,77/MWh.
Em
2021, também foi criada a bandeira de escassez hídrica para cobrir custos de
geração, transmissão e distribuição de energia durante o período de seca,
quando é preciso acionar as termelétricas, que custam mais caro. Essa bandeira
vigorou até o começo de abril do mesmo ano, cobrando taxa de R$ 14,20 a cada
100 kWh consumidos. *Com informações do SBT News.