terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

AUDIENCIA NA ALBA DISCUTE VIOLÊNCIA CONTRA PMs NA BAHIA; SÓ EM 2015,5 MORREM

Por Clóvis Gonçalves

aratu online bahia Audiência na ALBA discute violência contra PMs na Bahia; só em 2015, 5 morreram  
A Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (ALBA) aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (24), o requerimento para realização de audiência pública para tratar da violência contra os profissionais da segurança do Governo do Estado.
Com o tema “Causas e consequências da violência contra o profissional da segurança pública na Bahia”, a Casa abre espaço para discussão com policiais militares e civis, sociedade civil organizada e qualquer outro cidadão que tenha interesse em debater o assunto. Serão convidados a compor a Mesa, conforme definido em votação desta terça-feira, além dos deputados que integram a Comissão, representantes da OAB, Comando da PM, da Secretaria de Segurança Pública e da entidade de Direitos Humanos da Anistia Internacional. A solicitação foi feita pelo deputado Marco Prisco (PSDB).
A data da audiência será definida na próxima reunião da Comissão, na qual o deputado soldado Prisco é vice-presidente, a ser realizada na terça-feira (03), às 9h30.
“Com a iniciativa pretendemos abrir a Casa para debatermos os dados alarmantes e definirmos estratégias. Cinco militares mortos em menos de dois meses não podem deixar de ser tema de ampla discussão. A violência contra os profissionais da segurança pública deve ser entendida como afronta à segurança”, afirmou soldado Prisco.
Problemas psicológicos
A média de dois profissionais assassinados/mês reflete o risco enfrentado pelo público todos os dias nas ruas da Bahia. A violência tem provocado sérios problemas na saúde mental dos policiais baianos.
No caso dos militares, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), problemas psicológicos, decorrentes do risco da atividade, são a segunda causa de afastamento do público no Brasil. Isso aliado a sobrecarga de trabalho decorrente do déficit de 34% no quadro da corporação (32 mil homens integram a Corporação quando o ideal previsto em Lei Estadual é de 45 mil servidores da segurança pública).
Somente este ano, além do militar Edmilson Baiana Barreto, que era lotado no Batalhão de Guardas, também foram assassinados os policiais Leonardo Fernandes Prata, alvejado por assaltantes no dia 12 de fevereiro, no Engenho Velho de Brotas; Adelci Pereira Lima morto durante um assalto a uma quitanda na BA-210, no povoado de Quixaba, município de Sento Sé, no dia 3 do mesmo mês; o Cabo PM Olívio, lotado na 59ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), vítima de bandidos armados que o reconheceram em Monte Gordo, região do município de Camaçari; e o policial militar Anderson Pinheiro, executado na noite de quarta-feira, no município de Alagoinhas, a 116 km de Salvador.(Aratuoline)