Por Gazeta Brasil
Foto: Fellipe Sampaio /STF
Em
um evento com representantes de 11 partidos em São Paulo, o ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou nesta última segunda-feira (15/9) que a
Corte não aceitará pedidos de impeachment motivados por retaliações políticas.
O encontro, do Fórum Direitos Já, busca organizar uma frente para conter o
avanço de candidaturas bolsonaristas nas eleições de 2026. “Não espero que o
Senado venha a agir para buscar vindita [vingança] em relação ao STF.
Impeachment deve ser um processo regular. Se for por conta do voto de um ministro,
seria irregular. O STF não vai aceitar”, declarou Gilmar, segundo a CNN Brasil.
A
declaração foi feita horas após o ministro criticar a postura de seu colega,
Luiz Fux, no julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros
sete réus por tentativa de golpe de Estado. A condenação de Bolsonaro, a 27
anos e 3 meses de prisão, o tornou o primeiro ex-presidente da história do
Brasil a ser condenado por esse crime. Durante o evento, Gilmar Mendes reforçou
sua defesa da soberania nacional e da independência do Judiciário. “É
fundamental que se faça esse movimento em defesa da democracia e da soberania
nacional. Nós vimos o quão ameaçada ela ficou nesse contexto, no qual exigiram
que se interrompesse um julgamento em nome de interesses políticos estranhos”,
disse.
O
ministro também ironizou pressões externas sobre o sistema de Justiça
brasileiro, comparando-se à possibilidade de o Brasil exigir que os Estados
Unidos revelem os “arquivos do caso Epstein” durante uma negociação comercial. Fonte:
Gazeta Brasil.