Por Voz da Bahia
Um estudo divulgado pelo Tribunal de Justiça da Bahia
(TJ-BA) nesta última sexta-feira (6/3) aponta que as mulheres negras são as que
mais solicitam medidas protetivas de urgência em casos de violência doméstica
no estado. A pesquisa analisou 380 processos de pedidos feitos entre 2021 e 2023
em diversas cidades baianas. Os dados mostram que o perfil mais comum das
vítimas inclui mulheres negras, entre 30 e 39 anos, mães, solteiras, com ensino
médio completo e que trabalham de forma autônoma ou informal. Já os agressores,
em sua maioria, também são negros, têm entre 40 e 49 anos, são autônomos e
solteiros.
Mais da metade das vítimas são ex-companheiras dos
agressores, e a principal motivação da violência é a separação. A violência
psicológica foi a mais recorrente (42,82%), seguida da moral (24,25%) e da
física (22,45%). A pesquisa também revelou que a maioria das agressões ocorrem
dentro de casa, geralmente à noite. Além disso, 14,46% dos casos aconteceram no
ambiente virtual, por meio de mensagens e redes sociais, um cenário que ainda
recebe pouca atenção na legislação. Quanto às denúncias, 63,85% das vítimas
procuraram delegacias comuns para registrar a queixa, enquanto 32,45%
recorreram às Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher. Fonte: Voz da
Bahia.