Por Agência Brasil
Foto Marcello Camargo/Agência Brasil
Sinal de telefonia móvel 4G e internet de alta velocidade no campo podem ser viabilizados em assentamentos rurais e comunidades quilombolas e de povos tradicionais de diferentes regiões do país. É o que prevê acordo de cooperação técnica assinado nesta última quarta-feira (19), em Brasília, entre os ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), das Comunicações (MCom), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O evento marcou a 6ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf). O projeto de expansão da conectividade será financiado com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). Pelo acordo, caberá ao MDA e ao Incra mapearem, em até 120 dias, as áreas de relevância da agricultura familiar que poderá ser contempladas com a medida.
Já
a pasta das Comunicações e a Anatel vão atuar para ativar políticas de inclusão
digital, promovendo ações de conectividade e acesso à rede de internet e
telefonia móvel em áreas rurais, a partir da articulação com associações
representativas e cooperativas que atendem a agricultura familiar, os
assentados da reforma agrária, os quilombolas e a outros povos e comunidades
tradicionais. O acordo prevê investimentos em infraestrutura e capacitação de
agentes, inclusive agricultores, e de profissionais que atuam em escolas
rurais.
De
acordo com a justificativa do acordo de cooperação, a medida interministerial
tem o objetivo de enfrentar o problema da desigualdade digital. "Tem-se
que, por um lado, a expansão das telecomunicações nas áreas rurais tem sido
mais lenta do que nas áreas urbanas, por outro, a capacidade de conexão
oferecida às camadas mais pobres da população precisa ser melhorada", diz
o texto.
CORREIOS
E AGRICULTORES
Durante
a reunião do Condraf, outro acordo foi assinado entre MDA e a Empresa de
Correios e Telégrafos (ECT), para viabilizar o transporte de produtos da
agricultura familiar, incluindo alimentos, cosméticos e farmacêuticos. Segundo
a empresa estatal, a ideia é viabilizar a logística para os pequenos agricultores,
já que os Correios têm presença capilarizada em praticamente todo o território
nacional. Fonte Agência Brasil.