domingo, 1 de janeiro de 2017

RIO DE JANEIRO: VIÚVA DO EMBAIXADOR MORTO FOI TRANSFERIDA PARA A PRISÃO

Por Clóvis Gonçalves
A embaixatriz suspeita de planejar o assassinato do marido foi transferida neste sábado (31) para um presídio de Bangu, no Rio. A justiça decretou a prisão temporária dela e do amante, um PM que confessou ter matado o embaixador grego. Os três suspeitos que teriam participado do crime não estão mais na delegacia. A embaixatriz Françoise de Souza Oliveira e o sobrinho do amante dela, Eduardo Moreira Tedeschi de Melo, foram levados para presídios do Complexo de Bangu.
O policial militar Sérgio Gomes Moreira Filho, que tinha uma relacionamento amoroso com Françoise, está numa unidade prisional da PM. Na sexta-feira (30) à noite, a justiça determinou a prisão temporária dos três por 30 dias dos três.
Na decisão, o juiz Felipe Carvalho da Silva diz que os depoimentos tinham diversas contradições. E cita que o policial tentou pegar as imagens do circuito interno do condomínio onde o embaixador Kyriakos Amiridis foi morto com a intenção de apagá-las. Ele só não conseguiu porque foi impedido por policiais que chegaram ao condomínio. As imagens mostram o soldado da PM e o sobrinho dele colocando o corpo dentro do carro alugado pelo diplomata e saindo pelo condomínio. O carro foi encontrado queimado com o corpo carbonizado.
O sobrinho do PM disse que ganharia da embaixatriz R$ 80 mil para ajudar a retirar o corpo de Kyriakos Amiridis da casa. O pagamento seria feito 30 dias depois pra não levantar suspeitas. A polícia acredita que a motivação do crime não tenha sido apenas passional. E investiga se a mulher do diplomata grego receberia muito dinheiro com a morte do marido. A embaixatriz nega participação no crime e acusa o amante. “Ela não assumiu o crime de maneira alguma, ela não tem o que assumir”,  diz o advogado de Françoise Oliveira, Jorge Viana.
O PM Sérgio Gomes disse que foi até a casa do embaixador pra cobrar satisfações dele. Queria saber por que ele vinha tratando a embaixatriz com violência. Contou também que matou o diplomata grego durante uma discussão. O delegado afirma que o casal está mentindo.
“Podem ser várias hipóteses, uma delas, pode vir a ser, é a que tá se delineando também, seria o interesse por parte da senhora Françoise em ceifar a vida do embaixador para ficar com seus bens e curtir a vida com o próprio policial militar”, disse o delegado Evaristo Pontes Magalhães. As informações são do G1 Bahia.