Por Clóvis Gonçalves
Salvador é a segunda capital do Brasil quando o assunto é incêndio a ônibus em 2016. Até julho deste ano foram cinco ônibus incendiados na capital baiana, o que a coloca em um hipotético ranking como a vice-líder neste quesito. O recorde negativo foi constatado pelo Aratu Online depois de levantar estatísticas junto às empresas concessionárias e sindicatos. Foram levados em consideração o número da frota e registros de ataques criminosos nas seis maiores cidades do país.
A capital baiana fica atrás apenas de Belo Horizonte. A cidade mineira tem 2.967 coletivos circulando pelas suas vias diariamente. De janeiro a 22 de julho deste ano, segundo o grupo que representa todas as empresas, foram seis ônibus incendiados. O último aconteceu na última quinta-feira (21 de julho). A ação foi represália à apreensão de adolescentes. Já a população soteropolitana que depende do transporte coletivo conta com 2.600 ônibus, segundo a concessionária Integra. Dos cinco coletivos atacados o caso que chamou atenção de todo o país aconteceu no bairro de Pero Vaz, no final de junho. Quatro ônibus ficaram completamente destruídos. O crime aconteceu depois da morte um homem na região da Santa Mônica.
Final de linha do Pero Vaz em Salvador. Foto: César Irará/Aratu Online
As duas cidades que aparecem em terceiro e quarto lugar, respectivamente, são as maiores do Brasil. No quesito incêndio a coletivos, proporcionalmente, São Paulo está atrás de Salvador.
Na capital paulista, segundo o Sindicato dos Rodoviários, foram contabilizados 27 atos desde o primeiro dia de 2016. De acordo com a secretaria municipal de transportes, 15 mil ônibus atendem à população — em média, na relação frota x ônibus destruídos, São Paulo fica atrás de Salvador. No Rio de Janeiro ocorre a mesma coisa. A sede das Olimpíadas teve 11 ataques em 2016. Mas a frota é quase quatro vezes maior que Salvador: de 8.387 ônibus, segundo dados da secretaria de transportes.
Em quarto lugar no nosso ranking aparece Porto Alegre. Apenas um dos 1.737 veículos que atendem os moradores foi incendiado. Os números são do sindicato que representa a empresa pública e privada que opera na região.
No último lugar da lista de grandes cidades em relação à incêndios em coletivos aparece Recife. A capital de Pernambuco não registrou sequer um ataque em 2016 nos 3 mil ônibus que circulam pela capital e região metropolitana. Os dados foram fornecidos pela concessionária que opera no local.
PROPORÇÃO - Para este levantamento, o Aratu Online fez a seguinte proporção: a quantidade de ataques multiplicado por 100. O resultado divide-se pela frota. Os números estão na tabela abaixo.
