Na manha deste sábado (29/11) em sua residência o travesti Lavinia D’Sarttory, concedeu a sua primeira entrevista com exclusividade para o repórter Clóvis Gonçalves do blog Clóvis Gonçalves de Irará, e da rádio Irará FM.
Lavinia
D’Sartorry é a articuladora junto com a equipe que está promovendo neste
domingo(30//11) a terceira “Parada Gay de Irará” Ela disse que o movimento
trouxe para os homossexual muitas coisas
boas,assim podemos dizer, principalmente na questão de tentar elevar a
conscientização das pessoas o que é o homossexualismo, mesmo no século XXl ainda
encontra-se um pouco fechada, independente
das nossas opções e orientações sexuais
o movimento no mundo, no Brasil e em Irará tem o objetivo de levar a
informação para as nossas reivindicações que é sobre tudo o respeito pelas
nossas opções, também somos seres humanos.
No
campo social Lavinia destacou que com a coragem é uma das características dos
homossexuais houve avanços e muitos
ganhos também, mas existe grande barreira
e nós precisamos quebrar, por mais que ouvimos dizer que gosta e adora,
não sou contra, mas agente sabe que há uma barreira por traz de tudo isso,
alertou,mesmo assim nós temos avançado a cada dia, principalmente em nossa
cidade (Irará), porque sabemos que Irará é uma cidade maravilhosa está
abraçando, dando apoio para que o evento deste domingo (30/11) em sua terceira
edição aconteça mesmo com a existência de alguns preconceitos, ela está se
mostrando ainda pequeno mas está tendo evolução, nós estamos dizendo ao mundo
“Olhem Nós Estamos Aqui, somos gente e precisamos ser respeitados” esse é o nosso projeto de expansão, é isso que
a gente pretende, destacou Lavinia.
Em
todas as capitais brasileiras há um numero grande de violência contra o
homossexual e em alguns casos fica tudo camuflado, em Irará quando eu comecei a
mostrar a minha opção sexual eu não sofri tanto preconceito, a cidade de Irará
não só me abraçou como abraçou a maioria dos gays que aqui existem, é uma
cidade que tem muitos gays, que eles ainda não saíram do armário e precisam
sair, então aqui foi o meu grande refugio.
Lavinia
D’Sartorry disse ao repórter Clóvis Gonçalves,quando o homossexual começa a se
descobrir inegavelmente ele precisa do apoio da família, são poucas as famílias
que abraçam um homossexual como um ser normal, aliás somos um ser normal que
pensamos, agimos e amamos diferente, não há compreensão por parte dos nossos
familiares da maneira como esperamos, alguns tem a coragem de sair do armário
como eu fiz, mas alguns permanece dentro
do invólucro na sua infelicidade
absoluta.
No
quesito relação estável, ela disse que permaneceu casada por dois anos, porém
que não sofreu tanto, mas para alguns homens (heteros) por conta dos preconceitos
preferem viver dentro na relação as escondidas, de maneira discreta sem a
exposição, para mim isso sempre foi bem resolvido ,nunca foi problema com a
minha relação estável, sou tenho aparência de mulher e eu acredito nisso.
Clóvis Gonçalves – Nos homossexual o corpo é de
homem mas cabeça é de mulher?
Lavinia - É exatamente, é assim que
pensamos agimos, como mulher, quando na
descoberta é que você começa a pensar e agir realmente como mulher, e já sabe o
que quer é ser mulher de verdade, não dá para misturar as coisas, é corpo de homem
e cabeça de mulher. Ela falou sobre o nome social que ainda é uma barreira
dentro do poder judiciário, muito embora já exista o reconhecimento, mas não é
fácil a troca apenas do nome, pois as vezes não reconhece como pessoa do outro
sexo,fato comprovado aconteceu comigo aqui em irará, onde o magistrado disse ao
meu advogado que não poderia ser considerado pessoa de outro sexo, ou uma
pessoa diferente com outro nome, a dificuldade porque eu não tinha feito a
mudança de sexo não poderia mudar o meu nome, levanta sacode a poeira e da a
volta por cima temos que pensar assim, finalizou o travesti Lavinia D’
Sarttory.