Por Bahia Na Política
Francisco José Pinto dos Santos (Chico Pinto)
Nascido
em 16 de abril de 1930, o ex-vereador, prefeito e deputado federal, faleceu dia
19 de fevereiro de 2008, Francisco José Pinto dos Santos (foto ilustração),
conhecido no mundo político por Chico Pinto. Se estivesse vivo completaria 95
anos. Advogado, político brasileiro que exerceu quatro mandatos de deputado
federal pela Bahia, se destacou como integrante do “grupo autêntico” do
Movimento Democrático Brasileiro que pregava uma oposição mais contundente ao
Regime Militar de 1964, em contraposição à postura comedida do “grupo
moderado”.
BIOGRAFIA DE CHICO
PINTO
Eleito
prefeito do município em 1962 teve o mandato cassado e assim fez opção pela
oposição, após a queda de João Goulart, em 31 de março de 1964 e nessa condição
fundou a seção baiana do MDB em 1966. Eleito deputado federal em 1970, logo
divergiu da orientação moderada existente no partido e foi um dos fundadores do
“grupo autêntico” do MDB, cuja postura sinalizava uma ação mais contundente em
relação ao poder militar. No episódio que culminou com a “anticandidatura” de
Ulisses Guimarães à Presidência da República em 1974 defendeu a tese de que o
partido necessitava denunciar a situação política do país, entretanto
compartilhava de uma visão segundo a qual concorrer com o General Ernesto
Geisel no Colégio Eleitoral seria legitimar os esbirros do regime de exceção,
razão pela qual defendia a renúncia de Ulysses momentos antes da sessão, mas
como o MDB se recusou a assim proceder, foi um dos vinte e três parlamentares
oposicionistas a se absterem da votação.
O
ano de 1974 foi marcado por um acontecimento ímpar em sua biografia, pois na
véspera da posse de Ernesto Geisel, em 15 de março, Chico Pinto concedeu uma
entrevista à Rádio Cultura de Feira de Santana, na qual denunciou a ditadura
chilena de Augusto Pinochet, numa manifestação considerada ofensiva pelas
autoridades brasileiras. De imediato, o Departamento Nacional de
Telecomunicações (DENTEL) determinou o fechamento da emissora (que seria
reaberta em 26 de julho de 1985) e o governo abriu um processo que resultou em
seis meses de reclusão, em julgamento realizado pelo Supremo Tribunal Federal
em 10 de outubro de 1974. Após cumprir a pena no 1º BPM de Brasília, foi
submetido a oito processos e também a Inquéritos Policiais Militares, atuando
em causa própria.
Reeleito deputado federal em 1978, foi um dos fundadores do PMDB sendo elevado ao posto de Secretário-geral do diretório nacional da agremiação. Conquistou novos mandatos de deputado federal em 1982 e 1986. Faleceu na capital baiana, vítima de câncer. (Wikipédia)/Fonte: Bahia na Política.