Por Voz da Bahia
Marcas conhecidas como ‘café fake’ são consideradas impróprias para consumo em lista do governo | Foto: Reprodução/g1
O
Ministério da Agricultura divulgou nesta última sexta-feira (25 de maio) que
três marcas de “pó para preparo de bebida sabor café”, apelidados de “café
fake”, são impróprias para consumo. São elas: Melissa, Pingo Preto e Oficial. A
categoria, que não é o mesmo que o pó de café, pode confundir consumidores
porque tenta imitar as embalagens de marcas famosas a descrição “pó para
preparo de bebida sabor café” fica em letras pequenas, na parte de baixo dos
pacotes. Além disso, ele é mais barato. Em resposta ao g1, a empresa
responsável pelo Melissa afirmou que o “produto não é comercializado nem
rotulado como ‘café torrado e moído'” e que “não utiliza exclusivamente grãos
de café, mas sim uma formulação alternativa legalmente permitida”. O g1 disse
que aguarda respostas das marcas Oficial e Pingo Preto. Após a apreensão dos
produtos das três marcas, em fevereiro, o governo já havia dito que os
ingredientes encontrados na análise mostraram que eles não poderiam ser
considerados alimento. Na época, os nomes das marcas não foram revelados.
Segundo
o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do
Ministério da Agricultura, Hugo Caruso, os itens das três marcas não tinham
café em sua composição e eram feitos de “lixo da lavoura”. Segundo o
Ministério, a desclassificação desses produtos ocorreu após análises
laboratoriais detectarem a presença de matérias estranhas e impurezas acima do
limite permitido, que é de 1%, segundo a legislação. Matérias estranhas são
pedras, areia, grãos ou sementes de outras espécies vegetais, como de erva
daninhas;
E
impurezas são galhos, folhas e cascas. Além disso, os três lotes continham
níveis de micotoxinas superiores ao tolerado pela legislação. O Ministério
orienta que consumidores que tenham adquirido os produtos listados deixem de
consumi-los imediatamente. É possível solicitar a substituição do produto com
base nas disposições do Código de Defesa do Consumidor. Além disso, caso os
produtos ainda estejam sendo comercializados, o Mapa solicita que a ocorrência
seja comunicada por meio do canal oficial Fala.BR, com o nome e endereço do
estabelecimento onde foi realizada a compra. Informação do Voz da Bahia.