Foto: Vitor Abdala/Agência Brasil
Os
dados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE, mostram que 14,4 milhões de
brasileiros (7,3% da população com 2 anos ou mais) têm algum tipo de
deficiência, abrangendo dificuldades para enxergar, ouvir, andar, manusear
objetos ou limitações nas funções mentais. A pesquisa revelou que 8,3 milhões
dessas pessoas são mulheres e 6,1 milhões são homens. A prevalência de
deficiência aumenta com a idade, superando 50% entre os maiores de 90 anos.
Além disso, a maior concentração de pessoas com deficiência é encontrada entre
os negros (8,6%) e a menor entre os amarelos (6,6%).
O
censo também revelou que 2,4 milhões de brasileiros (1,2% da população) têm
diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). A prevalência do autismo é
maior entre os homens (1,5%) e atinge principalmente crianças de 5 a 9 anos. O
levantamento destacou ainda que nem todas as pessoas com TEA são consideradas
deficientes, pois isso depende da intensidade das dificuldades que apresentam
em áreas como mobilidade, comunicação e funções mentais. Não há dados sobre a
sobreposição entre autismo e deficiência.
Em termos regionais, o Nordeste apresenta a maior prevalência de pessoas com deficiência, alcançando 8,6% da população, acima da média nacional. A região também lidera em todos os tipos de deficiência, incluindo dificuldades de visão e mobilidade. Já a população com TEA varia entre 1% e 1,6% nos estados, com destaque para o Acre, Amapá e Ceará. Em 2022, 16% dos domicílios brasileiros tinham pelo menos uma pessoa com deficiência, sendo o índice mais alto em residências sem infraestrutura básica como banheiro e esgoto. Fonte: Voz da Bahia.