Por Clóvis Gonçalves
Repórter da Rádio Irará
FM
03/08/2013
Foto Divulgação |
Menos de oito meses após assumir o cargo, um
prefeito do interior de São Paulo decidiu abrir mão do mandato. O motivo:
descobriu que o salário era baixo demais em relação ao que ganhava como médico.
"Tinha dois rumos a seguir: ou voltava a
trabalhar e ganhava meu dinheiro honestamente ou tirava da prefeitura",
disse Márcio Faber (PV) à TV Globo, após deixar o cargo de prefeito em
Paranapanema (a 261 km de São Paulo).
Faber afirmou que o salário de R$ 5.800 não chegava
a 20% do que recebia como médico, R$ 30 mil. Por isso, afirma, estava em
dificuldades financeiras.
A Folha tentou entrar em contato com Faber
ontem, mas foi informada que ele já havia voltado a atuar como médico e não
poderia atender à reportagem.
Márcio
Faber (PV), que deixou a Prefeitura de Paranapanema, no interior de SP
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O vice-prefeito Antonio Nakagawa (PV) disse ter
sido pego de surpresa pela decisão. "Não imaginava, embora ele já
comentasse que a situação não estava fácil", disse.
"Foi o maior exemplo de hombridade. É um caso
inédito no Brasil, alguém renunciar para não roubar", disse.
Apesar das críticas, o agora ex-vice diz acreditar que a saída do prefeito não tenha contrariado eleitores. Mário Faber havia sido eleito em outubro com 55% dos votos.
Apesar das críticas, o agora ex-vice diz acreditar que a saída do prefeito não tenha contrariado eleitores. Mário Faber havia sido eleito em outubro com 55% dos votos.
De acordo com a Constituição, é vedada a acumulação
remunerada de cargos públicos. "Mas nada impede que ele exerça a profissão
no seu consultório", diz Eduardo Pereira, presidente da Associação
Brasileira de Municípios.
O novo prefeito diz que irá aceitar o salário.
"Sou contador e aposentado, para mim é suficiente", diz. (Folha de
S.Paulo)