Por Gazeta Brasil
Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil
Os
Correios informaram nesta terça-feira (2/12) que não irão prosseguir com um
empréstimo de R$ 20 bilhões destinado a financiar o plano de reestruturação da
estatal. A decisão ocorre após o Tesouro Nacional reprovar a taxa de juros de
136% do CDI equivalente a cerca de 18% ao ano, considerando a Selic em 15% para
operações com garantia do governo federal.
“A
Diretoria Executiva dos Correios segue trabalhando, em conjunto com os
ministérios, na avaliação de alternativas que reforcem a liquidez imediata da
empresa, assegurando o andamento das iniciativas necessárias para a recuperação
financeira da estatal “, comunicou a empresa. O cancelamento foi decidido após
reunião entre o presidente da estatal, Emmanoel Rondon, e representantes do
Ministério da Fazenda. Segundo a nota, a operação foi considerada de custo
elevado e, por isso, não recebeu autorização do Tesouro.
O
empréstimo havia sido aprovado pelo Conselho de Administração dos Correios na
última sexta-feira (28) e era considerado peça central do plano de
reestruturação apresentado em 21 de novembro. O plano prevê medidas como fusões
e aquisições, reorganizações societárias, venda de ativos e imóveis com
potencial de arrecadar até R$ 1,5 bilhão, além da redução de até mil pontos de
atendimento deficitários e revisão de gastos com pessoal.
Apesar
de ter registrado lucro recorde de R$ 2,2 bilhões em 2021, os Correios
enfrentam dificuldades financeiras devido à falta de investimentos estruturais
nos últimos anos, o que comprometeu a adaptação da estatal à nova dinâmica
econômica pós-pandemia. Nos últimos quatro anos, as despesas da empresa
cresceram 6%. Fonte: Gazeta Brasil.