Por Gazeta Brasil
A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (12/11), a operação “Plano de Contingência” contra um grupo criminoso acusado de aplicar golpes de estelionato por meio do uso de deepfakes de autoridades públicas, entre elas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ação, coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos (DRCI) do Rio Grande do Sul, cumpriu nove mandados de busca e apreensão nos estados de Minas Gerais e São Paulo, além de determinar o bloqueio de contas bancárias e bens dos investigados. De acordo com as investigações, o grupo vendia contas de anúncios e perfis com alto número de seguidores em redes sociais, utilizados para divulgar golpes e burlar bloqueios das plataformas digitais. As publicações redirecionavam as vítimas para sites falsos que imitavam páginas oficiais do Governo Federal, onde eram prometidos supostos benefícios financeiros.
Para dar aparência de legitimidade às fraudes, os criminosos usavam vídeos falsos criados com inteligência artificial, em que autoridades públicas apareciam “confirmando” a liberação dos valores. As principais vítimas eram pessoas idosas, atraídas por promessas de pagamentos de até R$ 6 mil. Após preencherem dados pessoais como CPF e telefone, elas eram induzidas a pagar uma taxa via PIX para liberar o benefício, que nunca existia. A Polícia Civil destacou que “nenhum órgão do governo federal realiza cobranças para liberar benefícios sociais” e alertou para o crescimento de golpes baseados em deepfakes e IA generativa. Fonte: Gazeta Brasil.