Por Jornal Correio
Jerônimo anunciou aumento da contribuição dos servidores no custeio do Planserv Crédito: Joá Souza/GOVBANo
dia do Servidor Público, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) conseguiu
transformar o que deveria ser comemoração em dor de cabeça. Em vez de anúncios
positivos, o presente veio em forma de previsão de aumento da contribuição dos
servidores no custeio do Planserv, principal plano de saúde do funcionalismo
estadual. Deficitário e com hospitais cada vez mais relutantes em atender os
beneficiários, o plano sangra desde que o ex-governador Rui Costa (PT) reduziu
de 5% para 2% a participação do Estado. O déficit forçou Jerônimo a alterar o
índice para 2,5%, patamar insuficiente que ainda não deu conta do rombo de
cerca de R$ 200 milhões anuais. Agora, o governo projeta dividir a conta com
quem já paga caro por um serviço que está longe de ter o mínimo de decência.
BOMBA
RELÓGIO
Restando
pouco mais de um ano de governo, Jerônimo percebeu que herdou de Rui Costa um
Planserv como uma bomba relógio: esvaziado, sem fundo de custeio suficiente e
com uma modelagem fadada ao colapso. Para fazê-lo funcionar dignamente,
Jerônimo terá de abrir o cofre (que vive tempos de aperto - basta ver a
quantidade de empréstimos) e ainda repassar parte da conta aos servidores, o
que o apavora só de imaginar que isso ocorre às vésperas da corrida eleitoral.
Nos bastidores, técnicos do governo admitem que o problema tem sido postergado
internamente em razão do estilo de mandato do governador, que é mais afeito às
viagens do que às demandas administrativas da gestão. “Uma hora a fatura ia
chegar”, disse uma fonte. Jornal Correio.