Por Gazeta Brasil
(Pixabay)
Os
Estados Unidos revogaram nesta última segunda-feira (22/9) vistos de autoridades ligadas
ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao Judiciário
brasileiro, incluindo o advogado-geral da União, Jorge Messias, e funcionários
do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a agência Reuters, entre os atingidos estão: Jorge Messias, atual
ministro da AGU; José Levi, ex-AGU; Benedito Gonçalves, ex-ministro do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE); Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes
no STF; Marco Antônio Martin Vargas, juiz auxiliar do TSE; e Rafael Henrique
Janela Tamai Rocha, juiz auxiliar do gabinete de Moraes no Supremo Tribunal Federal.
A
nova rodada de cancelamentos ocorre em meio a tensões diplomáticas crescentes entre
Brasil e Estados Unidos. Nos meses de julho e agosto, outras autoridades
brasileiras, incluindo funcionários ligados ao ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, e familiares dele, já haviam sido alvo de restrições semelhantes. As
medidas norte-americanas foram tomadas como retaliação a decisões do STF,
principalmente aquelas relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),
condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.
Além
disso, o governo dos EUA aplicou sanções da Lei Magnitsky a Viviane Barci de
Moraes, esposa de Alexandre de Moraes, e ao Instituto Lex, entidade ligada à
família do magistrado. As sanções da lei Magnitsky incluem congelamento de bens
e contas bancárias em solo norte-americano e restrições econômicas a pessoas e
instituições envolvidas. A decisão reforça o clima de atrito entre os dois
países e aumenta a atenção sobre as relações diplomáticas e jurídicas
envolvendo autoridades brasileiras e familiares de integrantes do Supremo Tribunal
Federal. Gazeta Brasil.