Por Notícias de Santaluz
Foto: Mateus Pereira/GOVBA
Mais
da metade dos jovens baianos de 18 a 24 anos estava atrasada nos estudos em
2022. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e
foram divulgados nesta quarta-feira (26). A pesquisa faz parte do Questionário
da Amostra do Censo Demográfico 2022, que coletou informações de cerca de 10%
dos domicílios do país. Segundo o levantamento, 63,3% dos jovens dessa faixa
etária na Bahia não haviam concluído os estudos esperados para a idade. Entre
os adolescentes de 15 a 17 anos, a taxa era de 36,4%, e entre as crianças de 6
a 14 anos, 8,9% também estavam fora da série correspondente. O estado liderava
o atraso escolar no ensino fundamental e superior e ocupava a quarta posição no
ensino médio.
A
capital baiana seguia essa tendência. Em 2022, Salvador tinha os maiores
índices de atraso escolar entre crianças de 6 a 14 anos (10,2%) e jovens de 18
a 24 anos (55,4%). Além disso, 30% dos adolescentes de 15 a 17 anos ainda não
haviam ingressado no ensino médio, deixando a cidade na quarta posição entre as
capitais com esse problema. O ensino superior também era um obstáculo. A Bahia
tinha a segunda menor taxa de adultos com diploma universitário no Brasil, com
apenas 12%. Em Salvador, o percentual subia para 21,4%, mas ainda estava entre
os mais baixos do país.
Os
dados do IBGE também mostram desigualdades no acesso à educação. Mulheres,
pessoas brancas e amarelas estudavam mais, enquanto homens, indígenas e negros
tinham mais dificuldades. A média de anos de estudo na Bahia era de 8,3 anos,
uma das menores do país.
Apesar
dos desafios, houve avanços na inclusão de negros e pardos no ensino superior.
Entre 2000 e 2022, a presença desse grupo entre os graduados cresceu de 40,5%
para 68,2% no estado. No entanto, a maioria ainda se formava em licenciaturas
sem área específica, enquanto em Salvador os cursos de gestão e administração
eram os mais procurados. Fonte: Notícias de Santaluz.