Por Ibahia
Carlinhos
Brown, que comandou o 'abre alas' da folia baiana, não respondeu à pergunta do
iBahia durante coletiva Carlinhos Brown ficou sem resposta ao ser questionado
pelo iBahia sobre qual era sua sensação em receber Claudia Leitte na abertura
do Carnaval de Salvador após a polêmica envolvendo a cantora. O Instituto de
Defesa dos Direitos das Religiões Afrobrasileiras (Idafro) protocolou uma ação
no Ministério Público da Bahia (MP-BA) pedindo que a prefeitura da capital
baiana e o governo do estado sejam proibidos de contratar a cantora por causa
da polêmica na letra da música "Carangueijo". Brown, que comandou o "abre alas" da
folia baiana, não respondeu à pergunta do iBahia durante coletiva. A reação do
cantor deu o que falar nas redes sociais. Após o momento, Claudia Leitte foi
recebida com vaias e aplausos dos foliões.
Carlinhos
Brown já tinha saído em defesa de Claudia Leitte em entrevista exclusiva ao
iBahia, em dezembro. "O gueto é uma casa laica. Todas as pessoas podem
fazer suas manifestações. Quem sou eu para me meter nesta situação agora que tá
todo mundo pensando que tipo de reação ter sobre uma questão dessa. É muito
difícil, não queria me manifestar desse assunto, é muito polêmico, eu só quero
dizer o seguinte: 'Deus está em todos os lugares'. E que a gente procure não
colocar Deus e os Orixás nas nossas inconsequências", disse Brown.
Em tom firme, Carlinhos Brown destacou que não se pode julgar uma manifestação artística como a que foi feita por Claudia Leitte. As críticas contra Claudia Leitte tomaram proporção nacional após o Secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, dizer que a ação da artista é "racismo". A autoridade também ressaltou a importância de valorizar a história e a essência do Axé-Mus "Eu não queria estar falando [disso], é polêmica, eu tenho uma espiritualidade muito acentuada, mas eu posso te garantir que Claudia Leitte não é uma pessoa racista. A gente tem que buscar esse tom, não vi que o secretário falou, ele falou sobre mudar letras, e, para o povo de santo, que tem tamanha clareza, e sabe que Yeshua é Oxalá. A autoridade também ressaltou a importância de valorizar a história e a essência do Axé-Music.
Ele
ainda chamou a atenção para as letras feitas em depreciação contra a mulher.
"Feio são letras que detonam a mulher, inconsistentes com desejos sociais
que a gente tem. Dá licença, eu não quero me envolver em polêmica, parem de nos
separar, nos dividir. Nós temos problemas, somos desrespeitados o tempo todo,
não pode usar as pessoas que a gente consegue chamar, que se aproximam, contra
nós mesmo. Eu não tenho nada com essa polêmica, mas eu posso garantir que
Claudinha não é uma pessoa racista. Se ela mudou a letra, é responsabilidade
dela como artista, mas imaginar que ela seja uma pessoa racista é lei do
engano", finalizou. Fonte da Informação: Ibahia.