Por Metro1
O Papa Francisco, líder da Igreja Católica desde 2013, foi creditado por ter uma abordagem mais acolhedora em relação à comunidade LGBTQI+
Foto: Reprodução/Vatican Tickets
O Vaticano aprovou novas normas dos bispos italianos que
permitem que homens gays entrem nos seminários desde que se abstenham de sexo,
alterando a forma de como a Igreja Católica global enxerga os futuros
padres. Apesar do Vaticano não ter
proibido explicitamente a entrada de homens gays no sacerdócio no passado, uma
instrução anterior de 2016 reforçava que os seminários não podem admitir homens
que tenham “tendências homossexuais profundamente arraigadas”. As novas regras
foram divulgadas no site da Conferência dos Bispos Italianos na quinta-feira
(9) e dizem que os diretores dos seminários devem considerar as preferências
sexuais de um candidato a sacerdote como apenas uma parte da sua personalidade.
“Ao referir-se às tendências homossexuais no processo de
formação, também é oportuno não reduzir o discernimento apenas a este aspecto,
mas compreender o seu significado dentro de todo o quadro da personalidade do jovem”,
afirmam as orientações. Os bispos italianos afirmaram que aprovaram o documento
em novembro. O texto é acompanhado por uma nota do gabinete do clero do
Vaticano, confirmando que as diretivas são válidas por um período experimental
de três anos. O Papa Francisco, líder da Igreja Católica desde 2013, foi
creditado por ter uma abordagem mais acolhedora em relação à comunidade LGBTQ e
permitiu que os padres abençoassem casais do mesmo sexo caso a caso.
No entanto, a admissão de homens gays no sacerdócio segue
ser um assunto tabu. Os padres que são gays muitas vezes expressam medo de
discutir a sua sexualidade. Francisco aprovou a instrução do Vaticano de 2016,
que foi na maioria uma atualização de um documento anterior emitido pelo Papa
Bento XVI em 2005. Informação Metro1.