Por Acorda Cidade
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Em
2024, ao todo, 361 pessoas foram assassinadas em Feira de Santana, sendo 343
vítimas de homicídios, seis de feminicídios, 4 de latrocínios (roubo seguido de
morte), 08 por lesão corporal seguida de morte, e 4 excludentes (legítima
defesa). Os dados são do repórter e radialista Aldo Matos, que há décadas
acompanha a estatística policial de crimes contra a vida em Feira de Santana. O
número é altíssimo e alarmante, apesar de menor que o registrado no ano
anterior. Em 2023 foram registrados 378 Crimes Violento Letais Intencionais
CVLIs (homicídios, latrocínios, lesões corporais seguida de morte, excludentes
e feminicídios).
Em 2024, 28 menores de 18 anos foram assassinados, um número menor em que 2023 quando foram registradas 32 mortes violentas contra adolescentes. Em 2024, 63 pessoas morreram em intervenções policiais (tiros com a polícia). Um outro dado preocupante revelado pelo levantamento obtido pelo Acorda Cidade junto ao repórter Aldo Matos, está no índice de violência contra a mulher. Houve um aumento de 29,63 % de um ano para outro. Em 2023 foram assassinadas, 27 mulheres, já em 2024 foram 35, sendo seis destes casos tipificados como feminicídio (assassinato de mulheres em contexto de violência doméstica ou de gênero).
Yves Correia | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Em
entrevistas anteriores, delegados da Polícia Civil apontaram que esse aumento
de assassinatos de mulheres (com exceção dos feminicídios) vem ocorrendo devido
à crescente participação de mulheres direta ou indiretamente em ações de
criminalidade. O levantamento também aponta um crescimento de crimes contra a vida
na Zona Rural, principalmente no distrito de Humildes. Foram registrados 16
assassinatos em 2024.
Com relação aos bairros, Conceição, Campo Limpo, Gabriela e Queimadinha foram considerados os mais violentos do ano. Eles registraram 17, 19, 21 e 24 assassinados no ano, respectivamente (Aguarde a relação de número de homicídios por bairros). Segundo o delegado, delegado Yves Correia, coordenador Regional da Polícia Civil do Interior (1ª Coorpin), o número alto de mortes violentas está diretamente associado, na maioria dos casos, à atuação de organizações criminosas ligadas ao tráfico de drogas, que disputam territórios e promovem ciclos de violência pela cidade. Fonte:Acordade Cidade.