Por Voz da Bahia
Foto Reprodução
Dandara, uma brasileira que vivia no exterior, enfrentava violência psicológica, verbal e física do ex-companheiro. Durante uma visita ao Brasil em 2024, ela denunciou a situação à Defensoria Pública da Bahia (DPE/BA) e se tornou uma das 4.564 mulheres atendidas pelo Núcleo de Defesa das Mulheres (Nudem) naquele ano. O Nudem, que teve uma média de 380 atendimentos mensais, atua principalmente em casos de violência doméstica e familiar, com o apoio da Casa da Mulher Brasileira, que reúne diversos serviços de proteção. Em 2024, o Núcleo funcionou integralmente na Casa da Mulher Brasileira, o que facilitou o acesso das mulheres a diversos serviços de atendimento e proteção. Segundo Lívia Almeida, coordenadora do Nudem, apesar do elevado número de vítimas, mais mulheres têm buscado ajuda, o que reflete tanto a gravidade da violência de gênero quanto o aumento da confiança nas instituições. Além do apoio jurídico, o Nudem oferece assistência psicossocial, educação em direitos e atua em casos de interrupção legal da gestação.
Em um caso específico, Dandara enfrentou dificuldades para denunciar a violência no exterior devido ao medo de perder a guarda de seu filho. Quando finalmente fez a denúncia no Brasil, a Defensoria solicitou, além de uma medida protetiva, a suspensão do direito de visitação do ex-companheiro, dado o risco para o filho autista. A Defensoria também tratou do divórcio, guarda e pensão alimentícia, garantindo os direitos da mulher e da criança. Além de atender em sua sede, o Nudem iniciou em 2024 o projeto “Nudem em Movimento”, que leva os serviços da Defensoria para bairros da capital baiana com uma van equipada. O objetivo é ampliar o alcance da proteção às mulheres, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade, com atendimentos relacionados a medidas protetivas, divórcio, guarda, e acolhimento psicossocial. Informação Voz da Bahia.