Por g1 Bahia
Benjamin Lustosa, de 2 anos, é o brasileiro mais jovem a entrar para a Intertel — Foto: Redes sociaisUm baiano de apenas 2 anos, natural de Feira de Santana,
cidade que fica a cerca de 100 km de Salvador, tornou-se o mais novo brasileiro
a entrar para a Intertel, sociedade internacional que reúne pessoas de alto Quociente
de Inteligência (QI). O pequeno Benjamin
Lustosa é reconhecido, agora, como uma das 1.698 pessoas superdotadas
identificadas na Bahia. Os primeiros sinais de que Benjamin era uma criança com
perfil diferenciado surgiram antes do primeiro ano de vida. A mãe dele, a
advogada Dayane Lustosa, contou que estava viajando junto com a família, quando
notou que o filho começou a falar os números das portas dos apartamentos do
hotel em que estavam hospedados.
Inicialmente, ela supôs que o filho poderia estar falando de
forma aleatória e acertando por coincidência. Até que o pai resolveu testar,
apontando os números um por um, e Benjamin seguiu falando de forma correta.
"Esse foi o primeiro susto que tivemos", lembra Dayane. As altas
habilidades do garoto foram reconhecidas neste ano. Ainda antes dos dois anos,
Benjamin começou a falar, andar, ler e escrever, inclusive em inglês, antes da
média comum para as crianças, surpreendendo a família. Ele também já frequenta
escola regularmente.
A super dotação é identificada quando uma pessoa tem um
desenvolvimento acima do esperado para a idade ou para a população em uma ou em
várias áreas. O último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, com dados de 2022, apontou 38.019 estudantes identificados com
altas habilidades ou super dotação no Brasil, dos quais 1.698 estão na Bahia,
sendo 10 em Feira de Santana.
ACOMPANHAMENTO
A criança foi levada a uma neuropsicóloga e a avaliação
revelou o que o QI de Benjamin é de 133 pontos. A escala ajuda a avaliar e
comparar as habilidades de diferentes pessoas em algumas áreas do pensamento. O
QI médio do brasileiro é de 87 pontos. Após ser identificada a condição, os
pais passaram a se preocupar com o futuro da criança. Benjamin tem recebido
acompanhamento de especialistas para aprender a lidar com as altas habilidades.
"Ele participa das atividades com os outros colegas, mas quando as
professoras sentem que ele já se cansou de determinada atividade, passam outra
para ele. A gente tem sentido uma melhora dele", conta Dayane Lustosa.
A neuropsicóloga
Marivânia Mota acredita que as instituições de ensino ainda não estão preparadas
para receber essas crianças. "Acontece de o aluno com 10 anos saber mais
do que o professor. A orientação para a escola é que se desenvolva um projeto
pedagógico individualizado para essa criança”, recomenda. Informação do g1
Bahia.