Por R7
Fábio Bozzembom/Agencia Brasil
O
senador da república Plínio Valério (PSDB-AM) pediu que a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra Cármen Lúcia, crie uma força-tarefa integrada
para monitorar e impedir o avanço e o impacto das facções criminosas, como o
Comando Vermelho e o PCC (Primeiro Comando da Capital) nas eleições municipais
de 2024. O ofício será enviado nesta terça-feira (1° de outubro).
Em
nota enviada à imprensa, o senador cobrou que a ministra integre na
força-tarefa o CIEDDE (Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e
Defesa da Democracia). Inaugurado pelo então presidente do Tribunal Superior Eleitoral,
ministro Alexandre de Moraes, em março deste ano, o centro unifica, de forma
coordenada, a atuação da Justiça Eleitoral com os Poderes, os órgãos da
República e as instituições. O
parlamentar disse que o CIEDDE deveria ser usado para combate ao crime
organizado em vez de “espionar e perseguir adversários”.
Valério
mencionou ainda uma reportagem do jornal O Globo, que mostrou alguns candidatos
em Manaus, capital do Amazonas, estão reféns do Comando Vermelho. As facções
estariam impedindo e apoiando candidatos, impedindo pedidos de voto e
determinando a remoção de propaganda de alguns candidatos.
“Isso
é extremamente assustador e mostra que se não houver providências enérgicas
para monitorar e barrar o avanço das facções sobre as candidaturas, vamos
caminhar para a criação de um narcoestado como a Venezuela onde os criminosos
já chegaram as mais altas instâncias de poder”, observou o senador.
“Ao invés de ficar monitorando redes sociais e censurando adversários, ou decidindo sobre a palavra mãe nas certidões de nascimento, os ministros do TSE e STF [Supremo Tribunal Federal] deveriam se preocupar com o que atinge de morte a legitimidade de nossa representação e a verdadeira democracia. Espero que não seja tarde demais”, concluiu. Fonte R7.