Por Clóvis Gonçalves
A
partir do dia 12 de maio, Salvador passa a integrar a lista de principais
capitais no avanço às questões de proteção ao meio ambiente. Na data, entra em
vigor a Lei Municipal nº 9.699/2023, que veda a oferta gratuita de sacos e
sacolas plásticas não recicláveis em todos os estabelecimentos comerciais. Alguns
supermercados já aderiram a medida, como os da rede Atacadão, que cobram um
valor pelas sacolas plásticas. Diante do novo cenário, alguns clientes optam
por levar as próprias sacolas biodegradáveis, que duram por muito tempo. Um dos
artigos da Lei Municipal, de autoria do vereador Carlos Muniz (PV), estabelece
que o comércio pode fornecer sacolas de papel para compra, pois as sacolas
plásticas são consideradas uma das principais fontes de poluição nos
ecossistemas terrestres e nos oceanos, além de levar centenas de anos para se
decompor completamente.
DEMANDA
Para
a presidente da Associação Baiana de Supermercados (Abase), Amanda Vasconcelos,
a medida de proibir a oferta de sacolas plásticas nos estabelecimentos
comerciais é necessária para a conservação do meio ambiente e para garantir um
futuro sustentável para as próximas gerações. “Como parte da indústria
varejista, reconheço nossa responsabilidade em reduzir o impacto ambiental e
promover práticas sustentáveis em nossas operações. Ao proibir o uso de sacolas
plásticas descartáveis, estamos dando um passo significativo na direção certa.
Este período de transição pode representar um desafio, mas os benefícios a
longo prazo para o meio ambiente e para as futuras gerações superam qualquer
inconveniente de curto prazo”, pontua.
FUTURO
De acordo com o advogado, escritor e especialista em ESG, Augusto Cruz, há muitos anos o setor do varejo é cobrado a aderir a práticas sustentáveis, principalmente em relação aos impactos do consumo e dos resíduos gerados pelos produtos vendidos. “Esta Lei [nº 9.699/2023] é importante para a cidade. Ao restringir o uso de sacolas plásticas, o município de Salvador se alinha às grandes cidades do mundo, que têm esta prática já consolidada. A medida é importante e se espera que o segmento, fundamental para nossa economia, sinta-se estimulado a implantar outras ações que reduzam a geração de lixo, inclusive de caráter educativo para fornecedores e, principalmente, consumidores”, afirma Cruz. (Crédito: Atarde).