Por Clóvis Gonçalves
O
Senado Federal aprovou nesta quarta-feira, 25 de outubro, o projeto de lei que
prorroga a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia. A
aprovação se deu em votação simbólica, ou seja, sem que os parlamentares
registrassem seus votos. O texto agora segue para sanção presidencial. O
relator da proposta, Ângelo Coronel (PSD-BA), decidiu incluir em plenário uma
modificação que inclui as empresas do setor de transporte rodoviário no rol de
desonerações. O tema chegou a ser discutido na Comissão de Assuntos Econômicos
(CAE), mas foi retirado do debate para evitar uma manobra que adiaria a votação
no colegiado. O relatório aprovado prorroga o benefício, que se encerraria no
fim deste ano, até dezembro de 2027. A política de desoneração da folha de
pagamentos foi criada pela então presidente Dilma Rousseff em 2011.
O Congresso ampliou o escopo de setores desonerados e passou a prorrogar esse benefício. A política permite que as empresas dos setores beneficiados (entre eles o setor de couro, calçados e confecções, tecnologia da informação, comunicação, além do transporte rodoviário de cargas e construção civil) paguem alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários. O relator decidiu incluir um dispositivo que desonera também as prefeituras de municípios com até 142 mil habitantes. Neste caso, em vez de pagarem 20% da alíquota previdenciária, as cidades passarão a pagar 8%. A estimativa é que a medida atinja mais de 3 mil municípios no País e tenha impacto fiscal de cerca de R$ 11 bilhões, segundo cálculos da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). “Faço um apelo para o presidente Lula para não vetar a desoneração para as prefeituras e também para a desoneração dos 17 setores da economia”, disse o relator do texto, Ângelo Coronel (PSD-BA). (Crédito da Informação Estadão Conteúdo).