Por Clóvis Gonçalves
Neste sábado, 20 de novembro, data em que é celebrado o Dia
da Consciência Negra, o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio
Camargo, usou o Twitter para tecer críticas à efeméride. Em sua avaliação, a
data reforça divisões no país, e devia ser chamada de “Dia do Culto ao
Ressentimento pelo Passado”. Sugestões para dar credibilidade à data, já que
consciência não tem cor: Dia da Mente Negra Escravizada pela Esquerda, ou Dia
do Culto ao Ressentimento pelo Passado. Opcionalmente, Dia da Vitimização do
Negro. Considerem também Dia de Luta pela Divisão Racial do Povo. Por nada,
declarou nas redes sociais. O dia 20 de novembro foi escolhido para a efeméride
pois é também o dia da morte de Zumbi dos Palmares, um dos líderes do maior
quilombo do período colonial para onde negros fugiam da escravidão.
Para Sérgio Camargo, a memória a Zumbi desperta sentimentos
de revanchismo histórico. Ele defende que sejam honradas outras figuras
históricas, como André Rebouças, um dos principais articuladores
abolicionistas. Por que Zumbi, se podemos ter como herói o brilhante
engenheiro, abolicionista e monarquista André Rebouças? Más escolhas despertam
maus sentimentos e promovem causas deletérias: raiva, ressentimento,
revanchismo histórico e divisão racial – escreveu Camargo. No último domingo
(14 de novembro), Camargo também propôs mudar o nome da instituição Palmares
para Fundação Princesa Isabel.  A
Princesa Isabel será homenageada por mim e Dom Bertrand, no evento conservador
de Florianópolis. Defendo que o nome da Palmares seja alterado para Fundação
Princesa Isabel. De qualquer forma, a imagem dela será destacada na nova sede
da instituição, que logo será reformada, assinalou, em publicação no Twitter.
(Pleno News).
