quarta-feira, 24 de novembro de 2021

DANIELA BORGES É ELEITA NOVA PRESIDENTE DA OAB-BAHIA

Por Clóvis Gonçalves

A OAB-BAHIA já tem a sua nova presidente que irá comandar a secção no próximo triênio. Pela chapa "União pela Advocacia", Daniela Borges, candidata apoiada pelo atual mandatário Fabrício Castro e seu vice, Luiz Viana, foi eleita nesta quarta-feira, 24 de novembro, com 46,4% (4.827) dos votos. É a primeira vez em quase 90 anos de história que a OAB-BA será comandada por uma mulher e terá como vice Christianne Gurgel. A vitória foi reconhecida pelo observador federal, que acompanhou de perto o pleito.

Em segundo lugar, com 37,8% (3.933) da preferência, a chapa comandada por outra mulher, Ana Patrícia Dantas Leão, da chapa "OAB de Coração". Na sequência, a chapa "OAB para Valer", do ex-presidente Dinaílton Oliveira, que ficou com 4,9% dos votos (514). Votos nulos representaram 4,4% (462) do total, enquanto a chapa "Liberta OAB", liderada por Ricardo Nogueira, ficou com 3,4% (357) dos votos. "A nossa chapa é a União pela Advocacia. Agora, com o resultado consolidado, as disputas encerraram-se e temos o compromisso de trabalhar por toda a advocacia baiana. Temos muitos desafios pela frente e vamos trabalhar pela valorização e fortalecimento da advocacia, realizando todos os enfrentamentos necessários para alcançar nossos objetivos", declarou a vencedora.

HISTÓRICO

Formada pela Universidade Federal de Minas Gerais, Daniela Borges advoga há mais de 20 anos na área de Direito Tributário e também é professora da Universidade Federal da Bahia e da Faculdade Baiana de Direito. Ingressou na OAB da Bahia como conselheira seccional na primeira gestão de Luiz Viana (2013-2015). Foi também diretora-tesoureira no triênio 2016-2018, no segundo mandato de Viana à frente da seccional baiana. Na atual gestão de Fabrício Castro, Daniela Borges ocupa o cargo de conselheira federal e preside a Comissão Nacional da Mulher Advogada. Sob sua liderança, a política de paridade de gênero foi aprovada pelo Conselho Federal da OAB em dezembro de 2020 e se tornou obrigatória para as seccionais de todos os estados já nestas eleições. Foi responsável também pela aprovação das súmulas que impedem a inscrição de bacharéis na Ordem que tenham cometido violência contra a mulher. (A tarde)