O traficante conhecido como Jagunço, acusado de integrar o
PCC (Primeiro Comando da Capital), detido na manhã desta quinta-feira (30 de abril), em
Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, teria como missão, determinada pelo grupo
criminoso, executar a morte do delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo,
Rui Ferraz Fontes. As informações são da Record TV. Segundo os planos da facção, o traficante detido nesta última quinta-feira, 30 de abril, em Itaquaquecetuba, seria o responsável por executar
promotores e policiais Suspeito de aproximadamente 100 assassinatos, Jagunço,
de 29 anos de idade, está preso.
A revelação foi feita pelo delegado Carlos Alberto da Cunha, responsável pelas investigações, iniciadas há quatro meses, pela 8ª Delegacia Seccional, na região de São Mateus, na zona leste paulistana, área de atuação de Jagunço também suspeito de ter praticado mais de 100 homicídios nos chamados "tribunais do crime". De acordo com o delegado, o trabalho policial começou com uma interceptação, feita pelo Ministério Público, de um bilhete que cobrava providências sobre atentados contra autoridades, como promotores e o delegado Rui Ferraz Fontes, número um da Polícia Civil paulista que, no passado, ficou conhecido como um especialista em investigações e operações contra o Primeiro Comando da Capital (PCC).
TRIBUNAL DO CRIME
De acordo com a polícia, os "tribunais do crime"
têm regras e procedimentos semelhantes aos de um júri comum. Nesses
"julgamentos", o acusado tem o direito de levar uma testemunha de
defesa e o acusador também apresenta as suas provas. Então, os criminosos,
dentro de barracos, promovem os debates e chegam à conclusão se o
"réu" é culpado ou não. "[Em] problemas que aconteciam na zona
leste e que o crime achava que tinha o direito de intervir, essas pessoas eram
levadas para locais ermos, barracos, julgadas e enterradas", complementou
o delegado Carlos Alberto da Cunha.
DESAPARECIDOS
O delegado Carlos Alberto da Cunha, da 8ª Delegacia
Seccional, acredita que, com a prisão de Jagunço, diversos casos de
desaparecimentos podem ser solucionados no futuro. "Infelizmente, não
conseguimos fazer agora pela covid-19, [o trabalho de] localizar esses restos
mortais, identificar por DNA, para que as famílias tenham a certeza se o seu
ente querido está morto ou não", finalizou o policial. (R7).