Por Clóvis Gonçalves
O pug de uma família de Chapel Hill, na Carolina do Norte, testou positivo para o novo coronavírus e se tornou o primeiro caso conhecido de cachorro infectado nos EUA, segundo reportagem do canal local "Wral News". A descoberta aconteceu em meio a uma pesquisa do hospital universitário de Duke, que no dia 1° de abril submeteu a exames todos os moradores da casa, incluindo os quatro animais de estimação: dois cães, um gato e um lagarto. Mãe, pai e filho tiveram resultado positivo, assim como o pug, Winston.
"Até onde sabemos, esta é a primeira vez em que o vírus foi detectado em um cachorro. No momento, trabalhamos para aprender mais sobre a exposição e poucas informações adicionais são conhecidas", afirmou Chris Woods, principal pesquisador do Estudo Molecular e Epidemiológico de Infecções Suspeitas, em comunicado à "CBS News".Os sintomas tanto da família quanto do animal de estimação foram leves. “Os pugs são um pouco incomuns, pois tossem e espirram de uma maneira muito estranha", disse a mãe, Heather McLean, que é pediatra hospital universitário de Duke, ao "Wral News": "Quase parece que ele estava engasgando. Houve um dia em que ele não quis tomar seu café da manhã, e, se você conhece pugs, sabe que eles gostam de comer, então isso parecia muito incomum ”.
O filho, Ben, contou que Winston lambe todos os pratos e dorme na cama de Heather: "Somos nós que colocamos o rosto no rosto dele. Então, faz sentido que ele tenha (a doença)”. Depois de alguns dias doente, porém, o pug já se sente melhor. "Espero que possamos aprender mais com a pesquisa e acho que, como não há muitos estudos e amostras de animais de estimação, ainda não sabemos. Meu conselho é não ficar muito preocupado com isso ”, disse Heather, cujo marido, Samuel, trabalha na emergência do hospital universitário da Carolina do Norte.Ainda de acordo com o "Wral News", eles acreditam que tenham contraído a Covid-19 no trabalho e passado para o filho e o cachorro. A filha do casal, Sydney, foi o único membro da família a não ter resultado positivo.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) afirma que o risco de animais ser passarem o coronavírus para os seres humanos é baixo, mas diz que ele pode ser transmitido de pessoas para animais em algumas situações. A agência americana recomenda tratar os bichinhos como outros membros da família: não permitir que eles interajam com seres humanos ou outros animais fora da casa. Se alguém ficar doente tem que ser isolado, inclusive os bichinhos.
O caso de Winston surge quase uma semana após dois gatos no estado de Nova York terem testado positivo para coronavírus, marcando os primeiros casos confirmados de animais de estimação contaminados nos EUA. No zoológico do Bronx, na cidade de Nova York, cinco leões e três tigres já haviam sido diagnosticados com a doença. (Extra)