Por Clóvis Gonçalves
Foto: Divulgação/Polícia Civil
Os empresários Danilo Vunjão Santana Gouveia e Kelliane Alves Gouveia Santana, sócios da empresa D9, tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. O acórdão da 1ª Turma da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia aponta haver indícios de que os acusados usaram a empresa para aplicar um golpe que movimentou mais de R$ 200 milhões de reais. Segundo o Ministério Público, o pedido do promotor de Justiça Thomás Luz Raimundo Brito se deu em sede de recurso, após o juízo de primeiro grau haver indeferido um requerimento de prisão.
Com a possível prática de crimes de competência federal, o desembargador relator Carlos Alberto Santos Araújo também determinou que cópia dos autos do processo fossem remetidos à Polícia e à Receita Federal. Segundo o documento, os acusados incentivavam as vítimas a se associarem a um clube de investidores que renderia lucros de 33% ao mês. De acordo com o acórdão, no início, o lucro era entregue e maiores quantias eram investidos.
Segundo a decisão, “algumas pessoas chegaram a vender bens pessoais como carros e propriedades, transferindo suas economias à empresa, sem, contudo, obter retorno ou resgatar o que investiram”. No requerimento, o promotor de Justiça ressaltou que o líder da empresa D9 havia “zerado as contas e deixado o país”. Um dos fatores determinantes da decretação da prisão preventiva foi o paradeiro desconhecido dos acusados, a não colaboração com a investigação, a ocultação e dissimulação do patrimônio e a possibilidade da atuação da empresa, que poderia causar mais danos à sociedade. (BNews)