segunda-feira, 8 de setembro de 2014

LOCAÇÃO DE CARROS PARA SENADORES JÁ CUSTOU R$ 1,2 MILHÃO

Por Clóvis Gonçalves
Mesmo com os diversos feriados relativos à Copa do Mundo e a “parada” para o período pré-eleições, o Senado Federal continua a gastar com o deslocamento de seus parlamentares. Até o momento, a Casa já empenhou R$ 1,2 milhão para a locação de veículos para os 81 senadores.

A empresa que fornece o serviço é a LM Transportes, Serviços e Comércios LTDA, que possui contrato com o Senado desde 2011. De lá para cá, o contrato para a locação dos carros já sofreu três aditivos, sendo dois para prorrogação e um de reajuste de valores. A previsão inicial era de R$ 1,9 milhão para o serviço. O valor anual agora é de R$ 2 milhões.

Os carros utilizados pelos senadores são do tipo Sedan, na cor preta, zero quilômetro, potência mínima de 140 cavalos, direção hidráulica ou elétrica, com ar condicionado, vidros e travas elétricas, airbag duplo e sistema de freios à disco.

Além das características internas, chamam a atenção detalhes como película anti-vandalismo nos vidros laterais e traseiro, com transparência mínima prevista em lei, e os bancos com revestimento em couro. O benefício não inclui motorista particular e nem combustível.
A empresa contratada é baiana e realiza serviços de transporte rodoviário de carga em geral, exceto de produtos perigosos e mudanças, intermunicipal, interestadual e internacional. A locação de veículos se configura como atividade secundária.

Auxílio-transporte aos senadores

Além do aluguel dos carros, os senadores também recebem auxílio-transporte no valor de R$ 4,5 mil ao mês. A verba gasta com esse tipo de despesa é reembolsada aos parlamentares por meio da Cota para Exercício de Atividade Parlamentar. Nos oito primeiros meses de 2014, R$ 2,9 milhões foram gastos com locomoção, hospedagem, alimentação, combustíveis e lubrificantes.

O Contas Abertas divulgou ontem (5) que, ao todo, os senadores já pediram reembolso de R$ 13 milhões para despesas com as atividades parlamentares. O valor máximo de que cada senador pode ser indenizado é variável de acordo com os estados que representam.

Em 2011, ficou definido pela Casa que o reembolso seria de R$ 15 mil, valor mensal da antiga verba indenizatória para exercício da atividade parlamentar, acrescida do valor correspondente cinco passagens aéreas mensais de ida e volta da capital do estado de origem do senador a Brasília, conforme tabela IATA de tarifa governamental.