Associação de defesa dos
consumidores questiona limitação de download do 4G
27/04/2013
Por
Clóvis Gonçalves - Repórter da Rádio Irará FM
27/04/2013
Foto Divulgação |
A Associação
Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) entregará, na próxima
segunda-feira (29) à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), um ofício
no qual questiona os primeiros passos da internet móvel com tecnologia de
quarta geração (4G) no Brasil. Entre as argumentações está a de que a limitação
de downloads abreviará a alta velocidade alardeada como a grande
vantagem do novo serviço.
“É como você pagar por uma carruagem que no meio do
caminho vira abóbora”, explicou a coordenadora institucional da Proteste, Maria
Inês Dolci. “Quem contrata o serviço 4G quer transmitir muitos dados de forma
rápida. Se as operadoras põem um limite de quantidade de dados e decide que, ao
atingi-lo, a velocidade da rede diminui, elas, de certa forma, estão enganando
o consumidor”.
De acordo com a Proteste, o lançamento da 4G “pode
ser caracterizado como propaganda enganosa porque aparelhos mais caros acabarão
sendo usados para velocidades menores”. Além disso, a entidade critica o fato
de os aparelhos vendidos atualmente, configurados para as faixas já leiloadas –
de 2,5 giga-hertz (GHz) – não poderão ser usados para a 4G na frequência de 700
mega-hertz (MHz) , com previsão de ser leiloada no ano que vem.
“Ou seja, depois de assinar o contrato de
fidelidade com a operadora e se dar conta da limitação de download, o
consumidor que precisa transmitir e receber grande quantidade de dados se verá
na obrigação de aderir a um outro plano, certamente mais caro. Além disso, se
quiser migrar para outra operadora, da faixa de 700 Mhz, ele terá de adquirir
outro aparelho”, explicou Maria Inês. “O problema é que nada disso está sendo
informado”.
A Anatel
informou que só se manifestará sobre o assunto após receber o ofício. (Agencia
Brasil)