Por Metro 1
Foto: Reprodução/Youtube
A
psicóloga clínica e escolar Fernanda Vaz afirmou, em entrevista ao Metrópole
Mais desta terça-feira (16/12), que o acolhimento de crianças com Transtorno do
Espectro Autista (TEA) na sala de aula passa, obrigatoriamente, pela aplicação
da Lei Brasileira de Inclusão. Segundo ela, todas as escolas devem garantir
instrumentos formais que assegurem o direito à educação personalizada desses
estudantes.
De
acordo com Fernanda, cada aluno com TEA precisa ter um Plano Individualizado,
conhecido como PI ou PDI. “Todas as escolas precisam criar para esses
estudantes um documento que a gente chama de PI ou PDI, um plano especializado
individual, onde vai constar como essa escola vai trabalhar com esse aluno”,
explicou. Ela ressaltou que o transtorno é amplo e que não é possível
padronizar esse planejamento. “Cada estudante dentro do TEA vai ter uma
necessidade diferente. Não dá para ser o mesmo PI para todos.”
A
psicóloga destacou que o plano deve ser construído de forma conjunta,
envolvendo escola, família e profissionais que acompanham o estudante. “Esse
plano é dividido com as famílias e, muitas vezes, com psicólogos,
psicopedagogos e fonoaudiólogos. Ao longo do ano letivo, as reuniões escolares
são baseadas no monitoramento e na reescrita desse planejamento”, afirmou.
Fernanda
Vaz reforçou ainda que acolher significa cumprir a legislação. “Acolher é fazer
valer a Lei Brasileira de Inclusão. Todas as escolas e universidades precisam
garantir adaptações curriculares, adaptações no ambiente e, quando possível,
adaptações arquitetônicas”, disse. Segundo ela, é fundamental que as famílias
compreendam as necessidades específicas da criança. “Primeiro é entender o que
esse sujeito necessita, se é um apoio maior no aprendizado, na socialização ou
no aspecto cognitivo, para buscar um espaço escolar que realmente consiga
oferecer essa abordagem”, concluiu. Fonte: Metro1.