Por BNews
A investigação apura desvios em benefícios de aposentados.Reprodução
O
ex-procurador-geral do INSS, Virgílio Filho, e sua esposa, a médica Thaisa
Hoffmann Jonasson, compraram um apartamento de luxo em Curitiba no estado do
Paraná (PR). O imóvel, avaliado em R$ 5,3 milhões, foi adquirido em maio, logo
após a Polícia Federal (PF) deflagrar a operação Sem Desconto, de acordo com a
coluna de Andreza Matais, do Metrópoles. A investigação apura desvios em
benefícios de aposentados. O apartamento tem 340 metros quadrados e fica no
edifício Seventy Upper Mansion, no bairro Campo Comprido. O casal também
comprou um Porsche Cayenne híbrido, avaliado em R$ 789 mil. O carro foi
adquirido pela empresa de Thaisa. O salário de Virgílio como servidor público
era de cerca de R$ 24 mil.
Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), Virgílio teve um aumento patrimonial de R$ 18 milhões durante o período investigado. Mas os valores podem ser ainda maiores. Thaisa reservou um apartamento de R$ 28 milhões na Senna Tower, em Balneário Camboriú. O prédio é anunciado como o mais alto do mundo, com 550 metros de altura. Virgílio ocupou o cargo de procurador-geral do INSS em dois períodos: entre 2020 e 2022, e depois entre 2023 e abril de 2025, quando foi afastado pela Justiça. Após o afastamento, a Advocacia Geral da União (AGU) decidiu pela exoneração.
Na
semana passada, o casal foi ouvido na CPMI do INSS. Virgílio negou qualquer
irregularidade. Disse que não é réu nem foi condenado. Afirmou que sempre atuou
de forma técnica. Thaisa foi questionada sobre os imóveis, mas não respondeu. A
Polícia Federal aponta que Virgílio recebeu R$ 11,9 milhões de empresas ligadas
ao esquema conhecido como “Farra do INSS”. Mesmo após virar alvo da operação,
ele reservou um Audi A5 de R$ 380 mil. O caso chamou atenção do Conselho de ontrôle de Atividades Financeiras (COAF) e foi
incluído em relatório financeiro.
Em
2025, Virgílio também comprou uma Mercedes-Benz GLB 35 AMG, avaliada em mais de
R$ 500 mil. Já Thaisa adquiriu três imóveis à vista entre 2022 e 2024: dois em
Curitiba e um em Brasília, perto do Palácio da Alvorada. A médica, por meio de
sua advogada, disse que não vai comentar o assunto. Fonte da Informação: BNews