Por Tribuna da Bahia Oline
Foto: Divulgação/AscomA
Polícia Federal, em conjunto com o GAECO/MPF e a Coordenação-Geral de
Inteligência da Previdência Social do Ministério da Previdência Social,
deflagrou na manhã desta terça feira (3/12) a Operação De Volta Para o Futuro,
que visa desarticular grupo criminoso que fraudava benefícios previdenciários
vinculados à Agência da Previdência Social em Itaberaba/BA. As investigações
tiveram início há cerca de seis meses, quando se identificou a concessão de
diversos benefícios previdenciários mediante a inserção de vínculos
trabalhistas falsos para justificar a concessão de aposentadorias, urbanas e
rurais.
Segundo
restou apurado, duas servidoras lotadas na agência do INSS em Itaberaba
promoviam a inserção de vínculos trabalhistas falsos (sem qualquer comprovação
documental), referentes a largos períodos do passado, no intuito de conceder
para terceiros benefícios previdenciários de aposentadoria indevidos. Os
benefícios fraudulentos concedidos indevidamente pelas servidoras, além de
gerarem os pagamentos mensais, também acarretavam o pagamento de altos valores
retroativos, pois elas inseriam no sistema datas retroativas para constar como
data de início dos benefícios.
Além
das fraudes nas concessões dos benefícios, apurou-se que uma das servidoras
inseria no sistema ordens de pagamento indevidas, gerando a concessão de
créditos de alto valor em duplicidade, referentes a períodos já anteriormente
pagos. Ficou constatado que diversos parentes e pessoas ligadas às servidoras
públicas eram beneficiários do esquema de concessão fraudulenta de benefícios.
Além disso, foram identificadas pessoas que atuavam como intermediários,
indicando pessoas para que as servidoras gerassem os benefícios fraudulentos e
repartindo os lucros.
De
acordo com as investigações, boa parte dos valores pagos indevidamente pelo
INSS aos beneficiários retornava às próprias servidoras e aos intermediários. Segundo
levantamento da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária, o valor já
desviado seria superior a R$ 9 milhões. Já o prejuízo evitado (valores que
seriam pagos caso não houvesse a desarticulação do grupo criminoso) está
calculado em mais de R$ 24 milhões. Estão sendo cumpridos 13 mandados de busca
e apreensão e 4 mandados de prisão preventiva nos municípios de Itaberaba,
Feira de Santana e Salvador. As investigações continuam para identificação de
outros membros da organização criminosa. Fonte: Tribuna da Bahia Oline.