Por Tribuna da Bahia /Vitor Silva
Em
um cenário preocupante, a Bahia viu um aumento significativo nos casos de
Covid-19 em 2024. Dados recentes da Central Integrada de Comando e Controle da
Saúde do Estado indicam que, até o momento, foram confirmados 20.433 novos
casos, com 116 óbitos registrados. No Estado, Salvador lidera o número de
mortes, com 30 óbitos registrados, seguida por Feira de Santana, com 8; Vitória
da Conquista, com 5; e Eunápolis, com 4. Outras cidades como Camaçari,
Candeias, Alagoinhas, Angical e Euclides da Cunha também apresentaram
registros, somando números significativos de falecimentos.
A
faixa etária mais afetada continua sendo a de pessoas com 80 anos ou mais,
tanto do sexo masculino quanto feminino. De acordo com os dados, 73% das
pessoas que faleceram tinham comorbidade. A taxa de letalidade na Bahia, em
2024, é de 0,57%. O crescimento de casos no estado não é uma ocorrência
isolada. Em nível nacional, o Brasil registrou até agora 38.953.513 novos casos
e 713.626 óbitos este ano. A infectologista Lorena Galvão, atuando no Hospital
da Bahia e Santa Izabel, alertou que a evolução de casos no estado. Segundo
ela, a Bahia deve continuar a registrar casos ao longo do ano, alternando entre
períodos de aumento e de diminuição nas infecções. "Mesmo com uma parte significativa
da população vacinada, o vírus continua a circular, e isso é um fator que não
podemos ignorar", explicou.
Galvão
ressaltou a importância de a população manter suas vacinas em dia,
especialmente as doses de reforço. "A imunidade adquirida pela vacinação
não é tão duradoura quanto gostaríamos. Por isso, é essencial que as pessoas
busquem manter suas doses atualizadas, o que ajudará a reduzir as chances de
casos graves". A infectologista também fez um apelo à população,
enfatizando a necessidade de testagem, especialmente entre indivíduos
assintomáticos. "É crucial que aqueles que não apresentam sintomas, mas
que possam estar infectados, façam o teste e, se necessário, se isolem para
evitar a propagação do vírus", alertou
Os
grupos mais vulneráveis, como idosos e pacientes com condições de saúde
preexistentes, especialmente os imunocomprometidos, permanecem em maior risco
de infecções severas. A especialista frisou que as medidas de proteção são
essenciais para preservar a saúde desses indivíduos. Diante desse cenário, as
autoridades de saúde têm reforçado campanhas de conscientização sobre a
importância da vacinação e das medidas de prevenção, como o uso de máscaras em
locais de grande aglomeração e a prática de distanciamento social. Além disso,
as campanhas ressaltam a necessidade de boa higiene das mãos e a utilização de
álcool em gel.
Com
a chegada das festividades de fim de ano, espera-se um aumento no fluxo de
pessoas e, consequentemente, um maior risco de contaminação. Portanto, o apelo
é para que a população mantenha a cautela e as medidas de proteção, mesmo em
momentos de celebração. Crédito: Tribuna da Bahia/Vitor Silva.