Por Voz da Bahia
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Julyenne
Lins, ex-esposa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL),
apresentou uma petição à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH),
denunciando um histórico de agressões físicas e psicológicas cometidas por Lira
ao longo do relacionamento. Em documento assinado pela advogada Talitha Camargo
da Fonseca, são detalhados casos de violência física, ameaça de morte, controle
financeiro e psicológico, além de acusações de assédio judicial por parte do
deputado.
A
coluna de Jamil Chade no UOL e o jornal Estadão confirmaram as informações da
petição, na qual a defesa de Lins argumenta que Lira teria usado sua posição de
poder para intimidá-la e limitar seu acesso à Justiça. Ao ser procurado pelo
Estadão, o presidente da Câmara não quis se pronunciar. A denúncia traz também
um caso ocorrido em novembro de 2006, meses após a separação, no qual Lins
afirma que Lira a ameaçou, violentou fisicamente e a estuprou em sua própria
casa. O documento inclui boletins de ocorrência, laudos médicos, testemunhos e
pareceres do Ministério Público, descrevendo a relação de união estável que
durou de abril de 1997 a maio de 2006.
Em
julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), Lira foi absolvido dessas
acusações devido à falta de provas e à prescrição do crime. A defesa de Lins
afirma que ela buscou apoio no Ministério dos Direitos Humanos, mas não foi
incluída no programa de proteção à testemunha, o que a levou a viver em
condição de clandestinidade. Em junho deste ano, o ministro do STF Alexandre de
Moraes chegou a solicitar a remoção de conteúdos sobre essas acusações em sites
jornalísticos, mas voltou atrás no dia seguinte. O caso agora será analisado
pela CIDH, órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA), que visa garantir
os direitos humanos no continente americano.
Fonte: Voz da Bahia.