sábado, 5 de outubro de 2024

APÓS UM ANO DE INPICIO DO REPASSE DA UNIÃO, SESAB E SINDICATO CONFIRMAM PAGAMENTO DO PISO DA ENFERMAGEM NA BAHIA

Por Bahia Notícias

Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília/Divulgação

Foi no dia 5 de outubro de 2023 que os 15.895 profissionais da enfermagem que atuam nas unidades estaduais de saúde receberam a tão esperada notícia do pagamento do piso salarial da profissão. À época, a Secretária da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) anunciou o repasse de R$ 40 milhões para a implementação do piso nacional dos enfermeiros pelas organizações sociais que administram os hospitais da rede estadual.  O montante anunciado na época era referente ao período de maio a agosto do ano anterior, e o valor do piso divulgado na ocasião é de R$ 4.750, para os técnicos de enfermagem, de R$ 3.325, e para os auxiliares de enfermagem e parteiras, de R$ 2.375 por 44 horas de trabalho semanais. Já para os trabalhadores submetidos a carga horária inferior a 44 horas, o valor do piso deveria ser proporcional à carga horária respectiva.

A pasta informou, no ato, que os beneficiados pelo piso seriam apenas os profissionais que recebem menos que o valor instituído pela lei para sua respectiva categoria. É importante lembrar que a Lei n.º 14.434/2022, que determina o piso salarial da Enfermagem (enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiras), foi sancionada em agosto de 2022.  Para atualizar a questão do piso salarial desses trabalhadores e entender o atual cenário deles no estado, a reportagem do Bahia Notícias procurou a Sesab e uma das entidades representantes da enfermagem baiana. Segundo a presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Alessandra Gadelha, mesmo com uma certa demora ou atraso, o repasse está acontecendo no estado.  “Está acontecendo. É no tempo que os trabalhadores gostariam que fossem no mês, com o salário, até o quinto dia útil? Não é. Existe uma demora nesse repasse tanto em relação do governo federal ao estado quanto ao governo federal aos municípios. Então existe uma demora, mas existe o repasse”, explicou.

Segundo a sindicalista, alguns problemas relacionados às informações dos profissionais nos cadastros têm impactado nesses pagamentos.  “Existem alguns problemas que ocorrem ao longo dessas transferências, relacionados aos dados dos trabalhadores, ao CPF, ao registro do Cofem, a quem tem uma carga horária superior a 88 horas. São regramentos que foram dados a partir do próprio Ministério da Saúde”, apontou Gadelha. Alessandra citou também alguns dos critérios que impossibilitam o repasse a alguns dos enfermeiros,“Existe uma série de regramentos que alguns trabalhadores não se encaixam. Como também existe uma falha absurda por conta das pessoas que geram os dados no sistema InvestSUS, criado pelo Ministério da Saúde, que as secretarias municipais e estaduais têm acesso e abastecem essa plataforma com as informações dos trabalhadores que têm direito a receber”, observou. A presidente do sindicato apontou ainda erros relacionados as empresas e entidades responsáveis por promover o pagamento do piso. Fonte: Bahia Notícias.