Profissional de carreira na AGU (Advocacia-Geral da União),
André Luiz de Almeida Mendonça, de 47 anos, foi o nome escolhido pelo
presidente Jair Bolsonaro para comandar o Ministério da Justiça e Segurança
Pública, cargo que ficou vago após a exoneração do ex-juiz da Lava Jato Sérgio
Moro.
Atual advogado-geral da União, Mendonça nasceu em uma família religiosa
na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, em 1972. É advogado da União
desde 2000 e, antes de assumir o comando da AGU, no ano passado, foi assessor
especial da CGU (Controladoria-Geral da União) entre 2016 e 2018.
Formado em direito em 1993 na Faculdade de Direito de Bauru,
o novo ministro da Justiça fez mestrado na Universidade de Salamanca, na
Espanha, sobre Corrupção e Estado de Direito e é doutorando na mesma
instituição com o projeto Estado de Direito e Governança Global. Ele também é
pós-graduado em Direito Público pela Universidade de Brasília.
Pastor da Igreja
Presbiteriana do Brasil, Mendonça é também cotado como o ministro
“terrivelmente evangélico” que poderá ser indicado para a vaga que será aberta
após a aposentadoria de Celso de Mello no STF (Supremo Tribunal Federal), em
novembro. Mendonça ganhou destaque na AGU ao ser vencedor da categoria especial
do Prêmio Innovare/2011 pelas práticas de combate à corrupção adotadas pela
AGU.
A condecoração homenageia práticas eficientes no Poder
Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e advocacia. Presente em
algumas das entrevistas coletivas no Planalto para abordar a pandemia do novo
coronavirus, Mendonça reiterou sempre uma posição alinhada com a de Bolsonaro e
defendeu que o combate à doença nos Estados e municípios deve acontecer
"sem abuso ou punitivíssimo". As medidas técnicas precisam ser
adotadas com razoabilidade, sem abusos ou cerceamentos excessivos na liberdade
dos cidadãos e sem um punitivíssimo injustificado, destacou o advogado-geral na
semana passada. (Correio24horas)