quinta-feira, 30 de abril de 2020

ANTES DE SER BARRADO PELO STF, RAMAGEM PROCURAVA NOME PARA TROCAR CHEFE DA POLICIA FEDERAL DO RIO

Por Clóvis Gonçalves


Foto: Secom/Presidência da República
Foto: Secom/Presidência da República

Antes de ter tido sua nomeação suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), os primeiros movimentos de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal (PF) envolviam a procura por um novo nome para ocupar a superintendência do Rio de Janeiro, onde correm as investigações mais polêmicas relacionadas à família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). De acordo com fontes ouvida pela coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o delegado também indicou que faria mudanças em São Paulo e em Minas Gerais. A expectativa era a de que policiais do Norte ganhassem espaço no órgão sob novo comando.
Carlos Henrique Oliveira está na chefia do Rio há menos de cinco meses. Ele tomou posse em dezembro do ano passado, após um imbróglio com sua nomeação, que durou de agosto até novembro. O delegado foi escolha de Maurício Valeixo, ex-diretor-geral, e havia sido elogiado por Ramagem na primeira reunião, nesta última terça-feira (28 de abril). Nos bastidores, Ramagem, contudo, pediu sugestões de nomes para o comando do Rio, mas ainda não tinha escolhido.

 Para São Paulo, Alexandre Saraiva, superintendente da PF do Amazonas, estava na lista de cotados. Seu nome foi parte da primeira crise envolvendo o presidente da República e o órgão, em agosto do ano passado. Vale lembrar que, em seu discurso de saída do Ministério da Justiça, o ex-juiz Sergio Moro que Bolsonaro queria trocar o diretor-geral e as chefias de Rio e Pernambuco sem motivos razoáveis, indicando interesses pessoais relacionados à investigações contra membros de sua família. (ba.Bahia.ba)