Por Clóvis Gonçalves
A procuradora do Ministério Público Simone Sibilio confirmou, em entrevista coletiva nesta quarta 30 de outubro, que o porteiro do condomínio de Jair Bolsonaro mentiu para a Polícia Civil ao citar o presidente Bolsonaro no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco. De acordo com procuradora, que é chefe do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), foi Ronnie Lessa quem permitiu a entrada de Élcio Queiroz no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do estado Rio de Janeiro.
Ainda nesta quarta-feira 30 de outubro, um investigador já havia levantado dúvidas sobre a veracidade do depoimento. Segundo o policial, o porteiro prestou dois depoimentos. No primeiro, ele afirmou que interfonou para a casa de Jair Bolsonaro. Já no segundo, confrontado com os registros da portaria, ele manteve a versão, mas suas informações já haviam perdido credibilidade para os investigadores.
Segundo a procuradora, os áudios que registraram as ligações da portaria foram as provas para descobrir a falsidade das informações. Ela afirmou também que o porteiro pode ser processado por falso testemunho. A prova técnica juntada aos autos mostra que no dia 14/03/2018 às 17h07min, quem autoriza a entrada de Élcio Queiroz no condomínio é Ronnie Lessa. Qualquer testemunha que mente, seja o porteiro ou qualquer outro, podem ser processados. Ele e todos os demais que mentem disse Sibilio. (Feira24Horas)