Por Clóvis Gonçalves
A dona de casa Cláudia Regina da Silva, de 59 anos de idade, foi absolvida na Justiça do estado de São Paulo da acusação que pesava contra ela de matar o marido, o carcereiro Wagner Bispo Prata, de 47 anos, em Praia Grande, no litoral do estado. O crime foi motivado pela violências doméstica sofrida pela mulher. A decisão em júri popular é de caráter definitiva, pois o Ministério Público não recorreu da decisão. A vítima foi assassinada com um tiro na cabeça, em novembro de 2007. A arma do policial foi usada no crime. Após o homicídio, ela fugiu, mas deixou um bilhete para os filhos: “Me perdoem, mas o pesadelo acabou”. Ela foi agredida pelo marido durante 30 anos de casada, período em que foi queimada com ferro quente e teve o cabelo cortado com um facão. (VozdaCidade)
O crime foi elucidado, a polícia a indiciou e a mulher foi denunciada à Justiça pela promotoria. Cláudia foi à júri popular este mês. O promotor Fábio Perez Fernandez pediu aos jurados a condenação da ré por homicídio privilegiado (cometido por violenta emoção, após injusta provocação). A defesa pediu absolvição por “inexigibilidade de conduta”. “A tese é muito difícil de prosperar, mas mostra que a sociedade (júri) não mais tolera o espancamento e agressões contra mulheres”, considerou o advogado Renato Luiz de Jesus, que defendeu a dona de casa. (G1)