sexta-feira, 11 de agosto de 2017

FUNCIONÁRIA PÚBLICA QUE MATOU HOMEM A FACADAS EM FEIRA DE SANTANA É ABSOLVIDA

Por Clóvis Gonçalves

A funcionária pública municipal Iranildes Nunes da Silva, que matou a facadas em Feira de Santana, Everaldo de Oliveira, com quem tinha um relacionamento, foi absolvida pelo Conselho de Sentença, durante julgamento realizado nesta última quinta-feira (10 de agosto), no Fórum Desembargador Filinto Bastos na comarca de Feira de Santana, e presidido pela juíza Márcia Simões Costa. Conforme a denúncia do Ministério Público, Iranildes estava em casa no conjunto Alvorada, no bairro Gabriela, no dia 29 de novembro de 2003, quando Everaldo chegou embriagado, trancou a porta da residência, e a obrigou a ter relações sexuais com ele. A mulher negou e Everaldo pegou uma faca. Os dois entraram em luta corporal e Iranildes conseguiu tomar a faca das mãos dele, ferindo-o em seguida no rosto, braços, cabeça e pernas.
Iranildes alegou legítima defesa e aguardou o julgamento em liberdade. O advogado Péricles Novais Filho disse ao Acorda Cidade que já esperava a absolvição. “Foi o resultado que a defesa esperava. Foi usada a tese de legitima defesa. Ela realmente atingiu seu marido, mas o feriu para se livrar da injusta e iminente agressão da qual estava sendo vítima naquele momento. O que facilitou para a absolvição foi o pleno direito dela. Além disso, a sensibilidade da mulher é mais aguda que a de um homem e isso também vogou a favor dela”, disse o advogado se referido ao corpo de jurados formado somente por mulheres no julgamento de hoje. 
Promotora Semiana Cardoso (Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade)
A promotora de justiça, Semiana Cardoso disse que, para o Ministério Público, não houve a configuração de legítima defesa, mas que o Conselho de Justiça entendeu a justificativa da funcionária pública. “A ré alegou que estava se defendendo embora a acusação tenha afirmado que não houve a configuração da legítima defesa. Hoje tivemos sete juradas, situação atípica, e elas entenderam que ação da ré foi justificada e por isso a absolveram”, informou a promotora ao Acorda Cidade. Iranildes trabalha para a prefeitura como fiscal de limpeza. (Acorda Cidade)