Por Clóvis Gonçalves
A polícia investiga a participação de uma quinta pessoa na morte do músico Felipe Yves Magalhães Gomes, 21 anos, encontrado morto na última segunda-feira (6), após ser degolado no bairro da Boca da Mata, em Salvador. Trata-se de um traficante conhecido como Nonô, que também está sendo procurado pelas policiais Civil e Militar. O nome dele veio à tona após o depoimento de uma mulher, segundo a polícia, ligada ao traficante Ueslei Silva Sarinho, o Helis, apontado nas investigações como o principal responsável pelo crime. Helis está foragido.
De acordo com uma fonte da Polícia Civil, ela prestou depoimento no mesmo dia em que o corpo do compositor, que tem músicas gravadas por artistas como Igor Kannário e Léo Santana, foi encontrado. Em seu relato, ela disse que dormia quando escutou quatro tiros, entre 5h40 e 6h. “O que posso dizer é que ela conhece todos os envolvidos”, declarou a fonte, sem dar mais detalhes.
Líder da facção Bonde do Maluco (BDM) em Boca da Mata, Helis, que teve a prisão decretada pela Justiça, segue também foragido, junto com Railson Couto dos Santos, 22, o Penga, que teve a foto divulgada pela polícia nesta quinta-feira (9 de março).
Duas pessoas envolvidas no crime estão custodiadas, entre elas Andrei de Jesus dos Santos, o Lacoste, 22, que teve a prisão em flagrante convertida para prisão preventiva nesta quinta-feira.
A prisão preventiva de Andrei foi a segunda decisão judicial sobre o caso. A primeira, assinada pela juíza plantonista Rita de Cássia Ramos de Carvalho, considerou as provas apresentadas pela polícia como insuficientes para converter a ocorrência em prisão em flagrante.
Um adolescente de 17 anos foi apreendido sob a acusação de participação na morte do cantor e compositor. Ele foi encaminhado, por meio da Vara da Infância e da Juventude, para internamento na Comunidade de Atendimento Socioeducativo (CASE).