Por Clóvis Gonçalves
Tawan da Silva Barbosa Tosta, de 19 anos, envolvido na tentativa de assalto que resultou na morte do cabo PM Arisvaldo das Neves Santana, 47, e feriu o estudante Marlon Figueiredo, na noite de segunda-feira (21/9), na Avenida Paralela, ele foi preso, momentos depois do crime, no bairro da Mata Escura, pela Rondesp/Central, e conduzido ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O autor do disparo contra o policial militar, Antônio de Jesus Oliveira, 37 anos de idade, é comparsa de Tawan, está custodiado no Hospital Roberto Santos, depois de ferido no peito pela vítima. Ele foi localizado em casa, na Rua 7 de Setembro, em Mata Escura. O veículo VW Gol, de cor prata, placa NTQ- 4941, utilizado pelos assaltantes, e as roupas que Antônio usava na hora do assalto foram apreendidas. Tawan conduziu o carro durante a fuga.
De acordo com o delegado Odair Carneiro, titular da Delegacia de Homicídios Múltiplos (DHM), o policial militar teria reagido à abordagem dos ladrões, quando saía da faculdade acompanhado da mulher e de um sobrinho. O trio foi atacado pelos assaltantes, em uma passarela, em frente à instituição de ensino. Houve troca de tiros e o PM foi baleado no tórax e na axila, morrendo no local.
Mesmo ferido, o policial, que era lotado no Departamento de Modernização e Tecnologia (DMT), da Polícia Militar, chegou a balear Antônio. O estudante atingido na ação foi socorrido para o Hospital São Rafael. A arma utilizada pelos ladrões ainda não foi localizada pela polícia. Tawan e Antônio foram autuados por latrocínio,(roubo seguido de morte)
Depois de apresentado à imprensa, na manhã desta terça-feira (22/9), no DHPP, durante coletiva conduzida pelo delegado Odair Carneiro, titular da DHM, e pelo major PM Agnaldo Ceita, comandante da Rondesp/Central, Tawan foi encaminhado ao sistema prisional.
Em 2015, já foram registrados, com o episódio de ontem, nove casos de policiais militares mortos em Salvador ou Região Metropolitana, em atividade ou em horário de folga. Todos são investigados pela Força-Tarefa instituída pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), reunindo integrantes das polícias Civil e Militar. Do total, oito foram solucionados. Apenas o homicídio do sargento Wellington Cavalcante, em 11 de agosto, ainda está sendo investigado.(Aratuoline)