sábado, 29 de novembro de 2014

EXCLUSIVO : ENTREVISTA DO TRAVESTI LAVINIA D' SARTTORY

Por Clóvis Gonçalves


Na manha deste sábado (29/11) em sua residência o travesti Lavinia D’Sarttory, concedeu a sua primeira entrevista com exclusividade  para o repórter Clóvis Gonçalves do blog Clóvis Gonçalves de Irará, e da rádio Irará FM.

Lavinia D’Sartorry é a articuladora junto com a equipe que está promovendo neste domingo(30//11) a terceira “Parada Gay de Irará” Ela disse que o movimento trouxe para os homossexual  muitas coisas boas,assim podemos dizer, principalmente na questão de tentar elevar a conscientização das pessoas o que é o homossexualismo, mesmo no século XXl ainda encontra-se um  pouco fechada, independente das nossas opções e orientações sexuais  o movimento no mundo, no Brasil e em Irará tem o objetivo de levar a informação para as nossas reivindicações que é sobre tudo o respeito pelas nossas opções, também somos seres humanos.

No campo social Lavinia destacou que com a coragem é uma das características dos homossexuais houve  avanços e muitos ganhos também, mas existe grande barreira  e nós precisamos quebrar, por mais que ouvimos dizer que gosta e adora, não sou contra, mas agente sabe que há uma barreira por traz de tudo isso, alertou,mesmo assim nós temos avançado a cada dia, principalmente em nossa cidade (Irará), porque sabemos que Irará é uma cidade maravilhosa está abraçando, dando apoio para que o evento deste domingo (30/11) em sua terceira edição aconteça mesmo com a existência de alguns preconceitos, ela está se mostrando ainda pequeno mas está tendo evolução, nós estamos dizendo ao mundo “Olhem Nós Estamos Aqui, somos gente e precisamos ser respeitados”  esse é o nosso projeto de expansão, é isso que a gente pretende, destacou Lavinia.

Em todas as capitais brasileiras há um numero grande de violência contra o homossexual e em alguns casos fica tudo camuflado, em Irará quando eu comecei a mostrar a minha opção sexual eu não sofri tanto preconceito, a cidade de Irará não só me abraçou como abraçou a maioria dos gays que aqui existem, é uma cidade que tem muitos gays, que eles ainda não saíram do armário e precisam sair, então aqui foi o meu grande refugio.

Lavinia D’Sartorry disse ao repórter Clóvis Gonçalves,quando o homossexual começa a se descobrir inegavelmente ele precisa do apoio da família, são poucas as famílias que abraçam um homossexual como um ser normal, aliás somos um ser normal que pensamos, agimos e amamos diferente, não há compreensão por parte dos nossos familiares da maneira como esperamos, alguns tem a coragem de sair do armário como eu fiz, mas alguns permanece dentro  do invólucro  na sua infelicidade absoluta.

No quesito relação estável, ela disse que permaneceu casada por dois anos, porém que não sofreu tanto, mas para alguns homens (heteros) por conta dos preconceitos preferem viver dentro na relação as escondidas, de maneira discreta sem a exposição, para mim isso sempre foi bem resolvido ,nunca foi problema com a minha relação estável, sou tenho aparência de mulher e eu acredito nisso.

Clóvis Gonçalves – Nos homossexual o corpo é de homem mas  cabeça é de mulher?

Lavinia - É exatamente, é assim que pensamos agimos,  como mulher, quando na descoberta é que você começa a pensar e agir realmente como mulher, e já sabe o que quer é ser mulher de verdade, não dá para misturar as coisas, é corpo de homem e cabeça de mulher. Ela falou sobre o nome social que ainda é uma barreira dentro do poder judiciário, muito embora já exista o reconhecimento, mas não é fácil a troca apenas do nome, pois as vezes não reconhece como pessoa do outro sexo,fato comprovado aconteceu comigo aqui em irará, onde o magistrado disse ao meu advogado que não poderia ser considerado pessoa de outro sexo, ou uma pessoa diferente com outro nome, a dificuldade porque eu não tinha feito a mudança de sexo não poderia mudar o meu nome, levanta sacode a poeira e da a volta por cima temos que pensar assim, finalizou o travesti Lavinia D’ Sarttory.